| | | | | Michel de Montaigne | | | |
Da Experiência
(pp. 11-32)
| | | "Viver não é só uma ocupação fundamental, mas também a mais nobre de todas" | |
| | | | | | | Pedro de Andrade | | | |
Sociologia da Viagem: O quotidiano e os seus inter-trajectos
(pp. 51-77)
| | | O autor procura delimitar as formas mais significativas da viagem, investigando a presença, cada vez mais marcada, de ritmos genuinamente quotidianos em fenómenos como os que denomina de turismo crítico, contra-turismo e inter-viagem. | |
| | | | Moisés de Lemos Martins | | | |
A Epistemologia do Saber Quotidiano
(pp. 79-103)
| | | Interroga-se aqui o saber da nossa vida quotidiana do ponto de vista de uma teoria da produção do sentido. A reflexão faz-se a partir de três registos:
1) a partir do registo linguístico, porque significar é antes de mais nada um problema de linguagem;
2) a partir do registo epistemológico, porque significar é um problema sobre a possibilidade de um saber e sobre a possibilidade da sua construção;
3) a partir ainda do registo sociológico, dado serem construções sociais os nossos próprios esquemas mentais.
Sempre na perspectiva de uma teoria da construção do sentido, temos presente o debate que na actualidade opõe a lógica racionalista (moderna) à lógica existencial (pós-moderna), e defendemos que a produção do sentido não pode reduzir-se ao poder instituinte de uma intenção do Mesmo, nem ao poder representativo de uma Erlebnis (experiência). | |
| | | | José Machado Pais | | | |
Nas Rotas do Quotidiano
(pp. 105-115)
| | | Perspectivando a sociologia do quotidiano como uma sociologia "retratista" — no sentido em que Simmel utilizava os seus snapshots — exploram-se os caminhos de encruzilhada entre a rotina e a ruptura, nos quais se revela a construçäo do social através das rotas do quotidiano.
Conclui-se que as rotas do quotidiano näo obedecem a uma lógica de "demonstraçäo", mas antes a uma lógica de "descoberta" na qual a realidade social se insinua, conjectura e indicia, através de uma percepçäo descontínua e saltitada do social que a sociologia do quotidiano assegura no seu vadiar sociológico. | |
| | | | Adriano Duarte Rodrigues | | | |
Para uma Sociologia Fenomenológica da Experiência Quotidiana
(pp. 117-129)
| | | Partindo da distinção entre saber científico e saberes que os actores sociais investem na sua vida quotidiana, este artigo procura definir a constituição de uma sociologia fenomenológica como quadro susceptível de dar conta dessa experiência. Multiplicidade dos mundos da experiência, estabelecimento do mundo comum e do mundo próprio, perfil da identidade, sentido da interacção social, desencontros dos quadros que delimitam o horizonte da experiência própria, regularidades e regras processuais de constituição do mundo comum, relação entre experiência e experimentação, são algumas das questões julgadas pertinentes para a constituição de uma sociologia fenomenológica da experiência quotidiana. | |
| | | | José Vicente Tavares dos Santos | | | |
A Cidadania Dilacerada
(pp. 131-148)
| | | Investigam-se as formas de violência rural no Brasil como contributo para a definição dos modos de produção da cidadania dilacerada que marca a sociedade brasileira deste final de século. | |
| | | | Nuno Porto | | | |
Reflexões Antropológicas: Um percurso bibliográfico
(pp. 149-157)
| | | Partindo de um entendimento da Antropologia como uma ciência interpretativa, leva-se a efeito um breve percurso bibliográfico por alguns textos importantes para a discussão contemporânea. As várias propostas equacionadas têm em comum a revalorização da reflexividade como ponto de partida para uma renovada consciência epistemológica atenta aos diversos níveis de complexidade que acompanham o trabalho do antropólogo. | |
| | | | Olga Maia Seco e Pedro Lopes Ferreira | | | |
Algumas Estratégias para a Melhoria da Qualidade dos Serviços de Saúde
(pp. 159-172)
| | | A satisfação dos utentes em relação ao seu estado de saúde e aos cuidados prestados pelas instituições de saúde não tem acompanhado a melhoria substancial do estado de saúde da população.
Face a esta situação, há que agir, apresentando uma imagem mais correcta dos serviços de saúde e prestando uma melhor qualidade de cuidados de saúde. E esta melhor qualidade passa, necessariamente, não só pela melhoria técnica dos serviços prestados, mas também por um melhor acesso à saúde, por uma melhor informação relativamente ao próprio estado de saúde do doente, pelo carinho com que este é tratado e pela atenção dedicada aos seus sentimentos e valores.
Neste artigo analisamos alguns conceitos considerados pilares fundamentais para a melhoria contínua da qualidade, nomeadamente os conceitos de processo e de consumidor, a necessidade de se estudar a variação e, por fim, a utilização de ferramentas científicas para a gestão da qualidade. | |
| | | | | | | | |
|