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"Trabalhadores do Mercosul: Uni-vos!": a construção de uma voz coletiva contra-hegemônica: quando o dissenso é "pôr-se de acordo com, a propósito de" Leonardo Mello e Silva - Brasil O capítulo discute as possibilidades de um novo internacionalismo operário a partir do exemplo do Mercosul. Apresenta as dificuldades envolvidas no processo de integração regional, do ponto de vista do movimento sindical. Em seguida, descreve a trajectória política recente das centrais no Cone Sul, tomando o caso brasileiro e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) como objectos de análise. Ressalta daí o papel de agente de democratização desempenhado pelos sindicatos e os conflitos surgidos a partir da radicalização de sua prática procedimental, ocupando todos os foruns disponíveis e disputando soluções com relativa sofisticação argumentativa. Esse aspecto da prática sindical desloca as disjuntivas clássicas acerca de um sindicalismo "ofensivo" ou "defensivo"; "de mobilização" ou "de acordos"; "reformista"ou "revolucionário". Por fim, o capítulo avança a hipótese de que a globalização dos contactos sindicais entre blocos regionais do Norte e do Sul pode funcionar como uma oportunidade mais do que como um obstáculo, ao contribuir para superar uma cultura corporativa e autoritária enraizada longamente na história dos movimentos trabalhistas latino-americanos. Com isso, abre-se a possibilidade de um relacionamento novo entre movimento sindical e movimentos sociais, o que reforça o potencial emancipatório oriundo do mundo do trabalho. |
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