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CES Summer School

Práticas Artísticas como metodologia de investigação-ação em contextos de violação dos Direitos Humanos

24 a 28 de junho de 2024

CES | Alta

Apresentação

A Escola de Verão “Práticas Artísticas como metodologia de investigação-ação em contextos de violação dos Direitos Humanos. Aplicação prática com profissionais de Intervenção Social e Humanitária” tem como principal objetivo promover um espaço de aprendizagem e partilha de conhecimentos provenientes de práticas artísticas aplicadas nas áreas onde são necessárias estratégias de dignidade humana. A busca por uma metodologia que permita uma maior compreensão das razões dos processos de violação dos direitos humanos materializa-se nas artes através da investigação-ação como espaço experiencial de análise prática. A teoria crítica com foco nos Direitos Humanos tem permitido refletir sobre a importância do envolvimento ativo das pessoas nos processos de dignidade, bem como a exploração de estratégias de resistência e confronto contra a violação de direitos em sociedades plurais e heterogéneas. Daí a inferência das artes e sua implicação no desenvolvimento dos Direitos Humanos através de uma perspetiva interdisciplinar que combina as experiências das pessoas e o conhecimento dos profissionais no avanço de sociedades mais democráticas e igualitárias.

A partir de uma abordagem inovadora, esta Escola de Verão tenta abrir um espaço para a partilha de práticas artísticas como metodologia criativa de investigação-ação com profissionais de ONGs que trabalham com pessoas em contextos vulneráveis, com vista a abrir caminhos e possibilidades de inovação social. A experiência do “Laboratório de investigação artística transdisciplinar. Práticas artísticas e ciências sociais e humanas" realizada no programa CES Summer School em julho de 2023 permitiu-nos corroborar a importância das artes no desenvolvimento do conhecimento científico social: Neste caso, a presente proposta dá um passo em frente na aplicação desta metodologia em contextos profissionais das ciências sociais centrados na intervenção social e humanitária. É por isso que se dirige sobretudo a profissionais técnicos de ONG (Assistentes Sociais, Psicólogos, Educadores e Monitores, técnicos em geral de Intervenção Social e Humanitária) que pretendam adquirir técnicas e métodos inovadores e úteis nas diferentes áreas de intervenção que eles desenvolvem. Assente numa metodologia interdisciplinar, colaborativa e participativa, apostamos num esquema prático baseado nos estudos de caso que os profissionais irão apresentar, bem como noutros exemplos onde se apresentam situações concretas que afetam o trabalho de intervenção social e de caráter humanitário.


Formadores/as:
Cláudia Pato de Carvalho, CES
Manuel Muñoz Bellerin, CES


Parcerias
- Universidade Pablo de Olavide, Sevilha
- Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra
- ONGs, cidade de Sevilla
- ONGs, cidade de Coimbra


Inscrições
early bird de 1 de março a 5 de maio:
Inscrição geral: 100 Euros
Inscrição estudante: 50 Euros
Inscrição afiliados CES: 70 Euros

Inscrições de 6 de maio a 14 de junho:
Inscrição geral: 200 Euros
Inscrição estudante: 100 Euros
Inscrição afiliados CES: 140 Euros
Parceiros sociais: 25 Euros

Total de participantes (mínimo 20 e máximo 25):

Nota | Política de reembolso: cada participante só pode ser ressarcido em 50% do valor da Escola de Verão por motivos de saúde ou por outros motivos de ordem pessoal, quando estes forem devidamente justificados através de declaração para o efeito. Esta justificação de ausência deve ser enviada até 15 antes do início da Escola de Verão


 

 

Inscrição

Programa

DIA 1. Segunda- Feira (24/05) Direitos Humanos. Conceitos a partir de contextos e experiências

9.00- 10.30

  • Apresentação pelos formadores de suas experiências na qualidade de investigadores, professores, assim como dos objetivos do curso, programa e enquadramento teórico
  • Perguntas e dúvidas dos participantes.

10.30. 11.00 Coffee-Breack

11.00- 13.00

  • Apresentação individual dos participantes e das suas perspetivas e ideias sobre Direitos Humanos, através do uso de uma ferramenta artística como o desenho, a imagem, a escrita, o movimento, a música (entre outras)
  • Relato por parte dos participantes sobre o que apresentaram e dinamização de uma conversa com todo o grupo sobre Direitos Humanos

Tarde livre



DIA 2. Terça- Feira (25/05) Dramaturgias coletivas: Direitos Humanos e performance 

9.00-10.30

  • Debate no grupo: Que elementos estéticos relevantes consideramos estarem presentes em cada uma das propostas artísticas do dia anterior? 

10.30. 11.00 Coffe-Break

11.00-13.00

  • Organização de pequenos grupos com base numa estética de apresentação comum
  • Processos criativos: trabalhar a dramaturgia em pequenos grupos

13.00- 14.30 Almoço

14.30- 16.00

Continuação do trabalho dramatúrgico nos sub-grupos

16.00. 16.30

Visionamento do  Vídeo: Experiência da Performance "Travesía a Dignidad" de uma oficina de metodologias artísticas com agentes de Direitos Humanos da região de Nayarit (México).

16.30-17.00

Avaliação conjunta da Escola de Verão



DIA 3. Quarta- Feira (26/05) Dramaturgias colectivas. Apresentações performáticas

9.00-10.00

Finalização dos trabalhos pelos sub-grupos para posterior apresentação.

10.00-10.30 Coffee- Break

10.30- 13.00

  • Apresentações das dramaturgias dos sub-grupos
  • Debate no grupo, a partir de questões como: Que imagens, actos, agentes, que sinais e significados, são relevantes para uma análise dos direitos humanos? Porquê? As dramaturgias encenam/representam uma realidade próxima, quotidiana ou, pelo contrário, é um imaginário distanciado das nossas realidades?

Tarde livre

 

DIA 4. Quinta- Feira (27/05) Os Direitos Humanos em contextos de proximidade. Programação de micro-projectos com enfoque en Direitos Humanos

9.00-10.30

Repetição das dramaturgias. Os subgrupos têm a possibilidade de ensaiar novamente as suas apresentações antes da repetição, a fim de efetuar alterações e acrescentar novos aspectos

10.30- 11.00 Coffee- Break

11.00-13.00

  • Após as dramatizações, os subgrupos voltam a reunir-se para partilhar entre os participantes estudos de caso (profissionais, questões e hipóteses de investigação, etc.) relacionados com as violações dos direitos humanos.
  • Depois de partilhar os estudos de caso, o subgrupo decidirá se escolhe um dos casos apresentados, se faz um compêndio de todos eles ou se pensa num novo caso. A decisão será o ponto de partida para a programação de um micro-projeto a ser elaborado pelo subgrupo. Sobre a dramaturgia criada, que tipo de projeto artístico de intervenção pode ser desenhado?
  • trabalho de adaptação do processo de desenvolvimento do objeto artístico para um projeto de intervenção num determinado contexto social, a partir das metodologías artísticas e que seja útil e aplicável a um contexto social específico. Pode implicar trabalho de campo localizável numa organização social para testar a exequabilidade das metodologias e das abordagens

13.00- 14.30 Almoço

14.30-16.30

Continuação do trabalho nos micro-projectos

16.30-17.00

Avaliação conjunta da Escola de Verão



DIA 5. Sexta Feira (28/05) Apresentação dos micro-projetos artísticos de intervenção

9.00-10.00

Apresentação dos micro-projetos e desenho de um plano de disseminação dos resultados pelos poderes locais, organizações sociais, líderes e membros comunitários

10.00- 10.30 Coffee- Break

10.30-12.00

Continuação dos trabalhos

Discussão em grupo:

  • Que semelhanças existem entre as dramaturgias e os micro-projectos?
  • Que elementos, categorias, conceitos foram os que mais se destacaram no processo?
  • Poderão ser definidas estratégias para a implementação destes projetos em contextos reais? Colaboradores e colegas são convidados a participar destas apresentações

12.00-13.00

Avaliação final do curso

Apresentação Inscrição Programa