Oficina
IV Curso de Psicotraumatologia do Observatório do Trauma/CES
O Trauma dos Profissionais (1.ª parte)
2 de abril de 2022, 14h00-18h00 (GMT+1)
Evento em formato digital

Apresentação

8.º Módulo do IV Curso de Psicotraumatologia do Observatório do Trauma/CES-UC

CONTEÚDOS

Testemunhando a dor do(s) Outro(s). Os jornalistas como interlocutores e testemunhas. A notícia como risco de re-vitimização. O cuidado necessário com as vítimas. A autoproteção profissional. O impacto das notícias sobre vítimas, jornalistas e público.

Cada formador/a faz uma apresentação de cerca de 60-75 minutos, acrescidos de 15 minutos destinados à discussão.

FORMADORAS: Ana Luísa Rodrigues (Jornalista, Mestre em Ciências Sociais); Daniela Santiago (Jornalista, Especialista em Jornalismo, Mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação); Diana Andringa (Jornalista, Investigadora-Associada Observatório do Trauma/CES).

PROGRAMA

14h | Daniela Santiago (Jornalista, Especialista em Jornalismo, Mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação)
Os efeitos da projeção mediática em situação de tragédia

15H45 | Intervalo

16H00 | Ana Luísa Rodrigues (Jornalista, Mestre em Ciências Sociais)
A dor da gente não sai no jornal - Quando o jornalismo torna visíveis os traumas invisíveis

17h30 | Diana Andringa (Jornalista, Investigadora-Associada Observatório do Trauma/CES)
Entre o dever e o escrúpulo: noticiar acontecimentos traumáticos
 

[As inscrições após as 18h00 de 31 DE MARÇO deverão ser efetuadas através do envio de email para observatoriodotrauma@ces.uc.pt ]

Notas biográficas

Ana Luísa Rodrigues

Jornalista desde 1997. Licenciatura em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa (1997).

Mestrado em Ciências Sociais pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (2005). A tese, classificada com Muito Bom (por unanimidade), foi posteriormente publicada em livro (“Aos olhos do mundo – Portugal e os portugueses retratados por correspondentes estrangeiros”)

Iniciou-se na imprensa diária (estágios no Diário de Lisboa e no Público), mas desenvolveu o seu percurso sobretudo na televisão pública (RTP).

Jornalista da secção "Sociedade", faz cobertura de temas sociais para os espaços informativos diários, sendo também responsável por trabalhos de grande reportagem.

Trata com frequência temas relacionados com os Direitos Humanos (pobreza e exclusão social, violência familiar e de género, migrantes e refugiados, discriminação e desigualdade). A História Contemporânea é outra das áreas de reportagem, explorando a forma como o jornalismo permite/ provoca um enriquecedor diálogo entre passado e presente.

A reportagem documental "Deportados para outro mundo - portugueses nos campos nazis" foi distinguida com o Prémio Gazeta de Televisão 2018. A reportagem “A guerra também foi nossa – portugueses na guerra civil de Espanha” foi nomeada para o prémio de Melhor Programa de Televisão da Gala Autores, promovido pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). A série de reportagens “Direito à Infância”, foi distinguida com uma menção honrosa do prémio Crianças em Notícia 2020, promovido pela Comissão Nacional de Proteção das Crianças em Risco.


Daniela Santiago

Daniela Santiago é jornalista na RTP desde 1996. De 2015 a 2021 foi correspondente da televisão pública e da Antena 1 em Espanha.

Mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação pelo ISCTE, onde foi doutoranda em Sociologia, obteve o título de Especialista em Jornalismo no Instituto Politécnico de Lisboa. Foi docente do Mestrado e da Licenciatura em Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social.

Como jornalista fez a cobertura de acontecimentos mundiais marcantes em diferentes pontos do globo. Academicamente dedica-se ao estudo dos efeitos da projeção mediática em situações de tragédia. 

Entre várias distinções, foi galardoada com o Prémio de Mejor Corresponsal Extranjera en España (Premios Internacionales de Periodismo 2021) pelo Club Internacional de Prensa de España e pela Asociación de Corresponsales de Prensa Extranjera e com o 1.o Prémio de Jornalismo Direitos Humanos e Integração 2008, atribuído pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural e pela Comissão Nacional da UNESCO.

É autora de quatro livros: "A Tempestade Perfeita - Como a Extrema-Direita regressou à Península Ibérica"; "O Reconforto da Televisão – uma visão diferente sobre a tragédia de Entre-os-Rios""Inferno no Paraíso – 15 dias no Sri Lanka depois do Tsunami" e "O Caramelo da Leonor" (um livro infantil em tinta e que foi impresso também em braille). É ainda coautora de dez livros, a maioria académicos.


Diana Andringa

Diana Andringa nasceu em 1947, no Dundo, Lunda-Norte, Angola, vindo para Portugal em 1958. Em 1964 ingressou na Faculdade de Medicina de Lisboa, que abandonou para se dedicar ao jornalismo. Em 1968, frequentou o 1º Curso de Jornalismo criado pelo Sindicato dos Jornalistas e entrou para a Vida Mundial, de onde saiu no âmbito de uma demissão colectiva. Desempregada, foi copy-writer de publicidade, trabalho que a prisão pela PIDE (polícia política), em janeiro de 1970, interrompeu. Condenada a 20 meses de prisão por apoio à causa da independência de Angola, voltou ao jornalismo. De 1978 a 2001 foi jornalista na RTP. Foi também cronista no Diário de Notícias, na RDP e no Público e fugaz directora-adjunta do Diário de Lisboa. Actualmente documentarista independente - Timor-Leste, O sonho do Crocodilo; Guiné-Bissau: As duas Faces da Guerra; Dundo, Memória colonial, Tarrafal: Memórias do Campo da Morte Lenta - regressou à Universidade, doutorando-se em Sociologia da Comunicação pelo ISCTE em 2013. Investigadora associada no Observatório do Trauma e no projecto “CROME-Memórias Cruzadas”, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (2018-2022). Prémio Gazeta de Mérito do Clube de Jornalistas, em 2021.

Inscrição

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