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CES Summer School

Crime, Prisons and Surveillance

July 6 to 8, 2015

CES-Coimbra

Presentation

Description

Current state concerns with controlling crime have led to a growing investment in surveillance technologies and to considerable growth in imprisonment rates. Science and technology provide support to crime investigation and to the justice system activities. Crime and terrorist threats seem to legitimize a considerable expansion and sophistication of computerized databases. Expansion of criminal sanctions and surveillance technological systems poses critical challenges to social inclusion. Technology is changing practices of social control and processes of discrimination and stigmatization of large vulnerable population groups. These phenomena have profound and complex implications on citizenship and fundamental human rights.

This Summer School is organized in four core themes: 1. Social sciences’ research in the field of crime, prisons and surveillance society. 2. Criminal databases and DNA technologies in investigating crime. 3. Social and economic costs of imprisonment. 4. Surveillance of offenders and “rehabilitation models”.

The teachers are social scientists with large and consolidated research experience in these fields. At the end of the course the students should able to: 1. To learn theoretical and methodological tools in the area of social studies of crime, prison and surveillance; 2. Critically examine issues of power and inequalities related to the nexus between science, technology and social control; 3. Discuss the configurations of citizenship and human rights related to surveillance and punishment of criminalized social groups.

The classes will involve lectures, and practical activities such as analysis of empirical real cases, one mock trial and one field visit.

Applicants: Graduate, postgraduate and PhD students, professionals in the areas of social sciences, criminology, law, social services and policing.

Duration: 20 hours.

Fees: Students: 60 euros | General public: 75 euros

( Important: 20 registrations will be the maximum accepetd)
 

Organization: Research group Science, Economy and Society (NECES) | Contact: ces@ces.uc.pt

Programme

Programme


Dia 6 de julho de 2015

9:00-9:30. Recepção aos participantes

9:30-10:00. Sessão 1. Introdução ao curso. Helena Machado

10:00-11:15. Sessão 2. Jovens, crime e justiça tutelar educativa. João Pedroso
Nesta sessão pretende-se fazer uma reflexão sobre a aplicação, no séc. XXI, da nova “lei tutelar educativa” em “ação”, analisando o desempenho e a seletividade das instituições policiais e judiciais, a caracterização do(a)s jovens (12 a 16 anos) e dos tipos de crime que lhes são imputados, bem como as medidas em meio aberto ou fechado, que lhes são aplicadas.

11:15-11:30. Pausa.

11:30-13:00. Sessão 3. O que se faz com o processo e a medida tutelar educativa? Paula Fernando
Partindo de estudos empíricos sobre a aplicação da Lei Tutelar Educativa e, em particular, sobre a execução das medidas tutelares educativas e o acompanhamento pós-institucionalização, pretende-se abordar criticamente as funções do processo tutelar educativo e da intervenção judicial e pós-judicial relativamente a jovens que cometem factos qualificados pela lei penal como crime.

14:30-16:00. Visita ao estabelecimento prisional de Coimbra.

16:30-18:00. Prisões em debateHelena Machado e Rafaela Granja.

 

Dia 7 de julho de 2015

9:30-11:00. Sessão 4. Vigilância, base de dados e tecnologia de DNA. Helena Machado
Serão abordados os seguintes tópicos: sistemas de vigilância e desafios à cidadania e direitos humanos; cooperação transnacional no combate ao terrorismo e criminalidade organizada; questões sociais, éticas e jurídicas das bases de dados genéticos.

11:00-11:15. Pausa.

11:15-12:45. Sessão 5. Simulação de julgamento em tribunal. Helena Machado
Os participantes no curso serão envolvidos na simulação de um julgamento judicial que envolva prova genética forense.

14:30-16.00. Sessão 6. Videovigilância na via pública em Portugal: estudo de caso(s). Catarina Fróis
Nesta sessão será analisado o processo de implementação de videovigilância na via pública em Portugal considerando dois momentos distintos: a primeira fase, entre 2005 e 2010, considerando as iniciativas políticas, as práticas implementadas no terreno e a articulação entre diferentes esferas de poder e, a segunda fase, de 2011 até ao presente, em que observamos de que modo é que política, economia e segurança determinaram o grau de sucesso desta medida.

16:00-16:30. Pausa.

16:30-18:00. Sessão 7. A prisão: crime, castigo, justiça e responsabilidade. Catarina Fróis
Com base em dados etnográficos recolhidos em três prisões masculinas, nesta sessão serão discutidas questões metodológicas do fazer etnografia em meio prisional; do modo como o encarceramento é entendido por reclusos e guardas como manifestação do “fazer justiça”; e, por fim, uma análise dos discursos e narrativas em torno da relação crime-castigo, justiça-responsabilidade em ambiente penitenciário.

 

Dia 8 de julho de 2015

9:30-11:00. Sessão 8. Vivências prisionais de reclusos e seus familiares. Rafaela Granja
Serão abordados os seguintes tópicos: desafios decorrentes da realização de entrevistas e observação na prisão; vivência da reclusão moldada pelo género e suas implicações sociais, relacionais e económicas; implicações extra-prisionais do cumprimento de penas de prisão analisadas através da perspectiva de familiares de reclusos.

11:00-11:15. Pausa.

11:15-12:45. Sessão 9. Desafios atuais à vigilância e reinserção social de reclusos. Rafaela Granja
Serão abordados os seguintes tópicos: racionalidades penais que caracterizam e enformam a paisagem atual dos sistemas prisionais; modelos de reinserção social; medidas alternativas à prisão: o caso da vigilância electronica de arguidos/condenados.

14:30-16.00. Sessão 10. Cena do Crime: Práticas, tensões e desafios. Susana Costa
Esta sessão procura dotar os participantes de competências para compreender o papel das polícias na investigação criminal face às novas tecnologias que hoje têm ao seu dispor. Serão abordados os seguintes tópicos: como é que as tecnologias têm vindo a alterar a forma como se investigam os crimes em Portugal; como é que os saberes e práticas das polícias condicionam a trajetória dos vestígios; e quais as tensões criadas pela atividade policial; e quais os desafios que se colocam à justiça e às populações suspeitas.

16:00-16:30. Pausa.

16:30-18:00. Sessão 11. Análise de processos judiciais. Susana Costa
Os participantes irão ter contacto com casos reais pretendendo familiarizá-los/as com situações concretas com que se confrontam as polícias na cena do crime. Este contacto irá permitir analisar a forma como as polícias construíram a narrativa sobre a ocorrência e problematizar de que forma os seus saberes e práticas condicionam (ou não) a sentença judicial.

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