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| Fernando Henrique Cardoso | | | |
Democracia e Desigualdades Sociais
(pp. 23-27)
| | | Atentas as condições dos países latino-americanos, e do Brasil em particular, defende-se que a democracia só pode vingar se, ao contrário das ténues experiências conhecidas, vier acompanhada de mudanças substanciais nas oportunidades dos pobres e marginalizados. | |
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| João Ferreira de Almeida | | | |
Democracia, Desigualdades, Valores
(pp. 29-34)
| | | Na sociedade portuguesa, tal como em outras sociedades, persistem importantes desigualdades que ameaçam o funcionamento democrático. O texto constitui um exercício prospectivo sobre as tendências que se manifestam a este propósito, quer no plano simbólico, quer no plano dos valores e das representações sociais. | |
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| Marilena Chauí | | | |
Política e Cultura Democráticas: O público e o privado entram em questão
(pp.57-71)
| | | A história recente do Brasil permite ilustrar, como também nos países democráticos os procedimentos orwellianos dos "formadores de opinião", fazendo da vida privada — família e empresa — o código da vida pública, conduzem ao progressivo retraimento do espaço público e põem em risco, pelo despotismo e pela tirania, a política e a cultura democráticas. | |
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| José Reis | | | |
Recriar Solidariedades e Repensar o Trabalho: dois temas para a viragem do século
(pp. 73-80)
| | | Nas economias periféricas e semiperiféricas, os processos de reorganização sócio-económica consequentes da crise do modelo fordista de industrialização tornam-se relevantes na medida em que possam valorizar as formas relacionais de mobilização do trabalho e promover os aspectos qualificantes que aqui se manifestam apenas de modo parcial e localizado. | |
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| José Arthur Giannotti | | | |
A Sociabilidade Travada
(pp. 83-103)
| | | Quando se passa duma sociedade capitalista propriamente dita para uma sociedade pós-industrial constitui-se uma estrutura de rivalidades e de lutas completamente diversa daquela que regia a exploração do trabalho até aí. Em vez de homogeneização proletária, verificou-se um aumento das diferenciações burguesas e a luta pela liberdade cedeu lugar à reivindicação de liberdades particulares. | |
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| Gita Welch | | | |
A Nova Justiça em Moçambique
(pp. 105-117)
| | | A partir de uma reflexão sobre as concepções e as práticas de justiça em Moçambique no pós-independência sugere-se a criação de um direito novo e moçambicano que não exclua o respeito pelas diferentes expressões étnico-culturais existentes no país. | |
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| Otávio Velho | | | |
Os Novos Sujeitos Sociais
(pp. 119-127)
| | | Reflexão sobre as dificuldades em definir quem são os novos sujeitos sociais e, em particular, sobre a dificuldade de uma definição produzida pela comunidade dos cientistas sociais que constitui, precisamente, uma agência de modernização. | |
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| Ruthe Corrêa Leite Cardoso | | | |
A Sociedade em Movimento: novos actores dialogam com o Estado
(pp. 129-134)
| | | Discutindo a ampliação da participação política promovida pelos novos movimentos sociais, desceve-se a organização interna destes grupos e a sua intervenção pública e mostra-se que estão a ser construídas relações directas entre categorias sociais específicas e sectores da administração pública. | |
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| Boaventura de Sousa Santos | | | |
Subjectividade, Cidadania e Emancipação
(pp. 135-191)
| | | Os excessos de regulação e, consequentemente, os défices de emancipação, a que conduziu a impossibilidade de encontrar uma síntese entre as categorias fundadoras do paradigma social da modernidade suscita a proposta de uma nova teoria da democracia e uma nova teoria da emancipação, que correspondam às necessidades da sociedade contemporânea. | |
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| Octavio Ianni | | | |
A Crise de Paradigmas na Sociologia
(pp. 195-215)
| | | A afirmação de que o objeto da sociologia mudou e o aparecimento de novos paradigmas sugerem uma reflexão sobre a crítica e a crise actual dos paradigmas na sociologia e uma abordagem de algumas das singularidades desta ciência social. | |
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| Carlos Cardoso | | | |
Ki-Yang-Yang: uma nova religião dos Balantas?
(pp. 245-258)
| | | O texto mostra como o aparecimento e a rápida expansão, desde meados da década de 80, de um movimento de mulheres de etnia balanta que advoga uma medicina de base empírica contrária à tradição médico-feitichista, veio pôr em causa as instituições mais profundas do sistema cultural e político. | |
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| Wanderley Guilherme dos Santos | | | |
Retorno a Babel: Notas prévias a uma teoria do pessimismo
(pp. 259-266)
| | | Numa crítica dos pressupostos da teoria económica e das ideologias optimistas do desenvolvimento, o texto reflecte sobre as condições em que os países em desenvolvimento poderiam vencer a distância que os separa do primeiro mundo sem uma reformulação da ordem internacional. | |
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| Carlos Fortuna | | | |
Nem Cila nem Caribdis: somos todos translocais
(pp. 267-279)
| | | Não se pode optar entre universalismo e particularismo. À medida que se desorganiza e desterritorializa, o capitalismo descaracteriza identidades. O local pode ser universal e o inverso. A identidade fragmentada e a condição translocal são o desafio do presente prolongado. | |
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