Sobre Publicação de artigos na Cabo dos Trabalhos
A Comissão Organizadora do V Colóquio Internacional de Doutorandos do CES está a organizar um número temático da Cabo dos Trabalhos, revista eletrónica dos Programas de Doutoramento do CES. A edição será submetida ao tema do evento Poderes Emergentes, Continuidades e Transformações e visa divulgar os melhores trabalhos de cada área temática do evento. Os/as autores/as com intenção de publicação deverão enviar a versão final do artigo para coloquiodoutorandoscall@ces.uc.pt até ao dia 30 de Abril de 2015. Serão seleccionados até três trabalhos por cada área temática até ao dia 15 de Junho de 2015. Os artigos finais terão de manter os títulos originais das comunicações apresentadas no evento e orientar-se pelas normas de apresentação e preparação de textos que abaixo de se apresenta.
Qualquer pedido de esclarecimento adicional deverá ser remetido para coloquiodoutorandoscall@ces.uc.pt.
Normas para apresentação dos textos
1. Os textos devem ser submetidos em formato Word e enviados por correio eletrónico para coloquiodoutorandoscall@ces.uc.pt. A apresentação deve ser corrida, sem espaços extra entre parágrafos, cabeçalhos ou qualquer formatação especial.
2. Todos os originais serão apresentados na versão definitiva, que não deve exceder 50 000 caracteres com espaços (incluindo notas e referências bibliográficas). Os textos devem ser enviados em Times New Roman, corpo 12, com espaçamento entre linhas de 1,5 e margens normais (2,5 cm inferior e superior; 3 cm direita e esquerda).
3. Poderão ser incluídos nos artigos quadros, figuras, fotografias ou desenhos que esclareçam os argumentos expostos, desde que em número reduzido e fornecidos com qualidade (resolução de 300 dpi e um mínimo de 11 cm de largura) para impressão a preto e branco. As imagens devem ser enviadas no mesmo documento do texto e também separadamente, com extensão JPEG ou TIF. O tipo de letra que as imagens eventualmente contenham deverá ser Helvetica (em alternativa Arial), corpo 9, regular. Todas as imagens têm de ser acompanhadas por indicação clara da fonte e dos respetivos direitos de autor.
4. Os/as autores/as deverão fazer acompanhar o seu texto de uma breve nota biográfica, sempre que possível em português (máximo 500 caracteres).
5. Os artigos serão sempre acompanhados por um resumo em português (de preferência também em inglês e ainda em francês ou castelhano) que não deve exceder 900 caracteres. No resumo deve figurar o título do artigo, bem como um conjunto de palavras-chave sugeridas pelos/as autores/as em número não superior a 5. As palavras-chave a incluir na versão publicada são decididas pela revista, ponderando em simultâneo as sugestões dos/as autores/as e os critérios de normalização adotados.
Preparação do texto
1. Todas as citações de autores/as estrangeiros/as deverão, salvo casos especiais que justifiquem citar-se também o original, ser apresentadas em tradução. Deverá ser enviado em anexo o texto original de todas as citações cuja tradução seja da responsabilidade do/a autor/a do artigo.
2. As citações pouco extensas (1-3 linhas) devem ser incorporadas no texto, entre aspas.
3. As citações mais longas serão recolhidas e formatadas em letra de tamanho inferior ao do texto, sem aspas.
4. A epígrafe, se a houver, deve ser de extensão reduzida.
5. As interpolações serão identificadas por meio de parênteses retos [ ].
6. As omissões serão assinaladas por reticências dentro de parênteses retos [...].
7. O título das publicações referidas será apresentado em itálico, tratando-se de livros, ou será colocado entre aspas, no caso de artigos.
8. As notas deverão vir em pé de página, com a numeração seguida.
9. O algarismo que remete para a nota deverá ser colocado no espaço superior ao da linha respetiva, depois do sinal de pontuação. Exemplo: “como facilmente pode ser comprovado.3”
10. Nas remissões para outras páginas do artigo, devem usar-se as expressões latinas consagradas (cf. supra, cf. infra), que virão sempre em itálico e por extenso.
11. As referências bibliográficas serão sempre feitas no corpo do texto, na forma abreviada da indicação, entre parênteses curvos, do último apelido do/a autor/a, data de publicação e, se for caso disso, número de página (a seguir a dois pontos). Se se tratar de uma citação indireta, essas indicações serão precedidas da palavra apud. Exemplos:
Um/a só autor/a: (Sá, 1991: 7 ss.).
Dois/duas autores/as: (Sampaio e Gameiro, 1985).
Três ou mais autores/as: (Silva et al., 1989).
Citação indireta: (apud Ferreira, 1992: 217).
12. Será incluída no final, com o título “Referências bibliográficas”, a lista completa, por ordem alfabética de apelidos de autores/as, das obras que tenham sido referidas ao longo do texto (e apenas destas). Tratando-se de mais de um/a autor/a, os nomes serão separados por ponto e vírgula. O(s) nome(s) próprio(s) dos/as autores/as não devem nunca ser abreviados (ex.: Wallerstein, Immanuel, e não Wallerstein, I.). Se se tratar de uma tradução, deve incluir-se o nome do/a tradutor/a. Para além do local de publicação, deverá sempre indicar-se também a editora. Nas referências a artigos em revistas ou a capítulos de coletâneas deve indicar-se sempre as páginas ocupadas pelo texto citado. As referências deverão seguir estritamente o modelo dos exemplos a seguir apresentados.
a) Livros:
Simões, João Gaspar (1987), Vida e obra de Fernando Pessoa. História duma geração. Lisboa: Dom Quixote.
b) Coletâneas:
Santos, Boaventura de Sousa (org.) (1993), Portugal. Um retrato singular. Porto: Edições Afrontamento.
Hespanha, Pedro (1993), “Das palavras aos actos. Para uma elegia do amor camponês à terra”, in Boaventura de Sousa Santos (org.), Portugal. Um retrato singular. Porto: Edições Afrontamento, 289-311.
c) Revistas:
Reis, José; Jacinto, Rui (1992), “As associações empresariais e o Estado na regulação dos sistemas produtivos locais”, Revista Crítica de Ciências Sociais, 35, 53-76.
Ou, se houver lugar a indicação de volume e número:
Santos, Boaventura de Sousa (1998), “The Fall of the Angelus Novus: Beyond the Modern Game of Roots and Options”, Current Sociology, 46(2), 81-118. [= volume 46, número 2]
d) Se houver duas ou mais referências do/a mesmo/a autor/a e do mesmo ano, acrescentar-se-ão à data as letras a, b, etc., respeitando a ordem pela qual as referências aparecem no texto. Exemplos:
Habermas, Jürgen (1985a), Der philosophische Diskurs der Moderne. Zwölf Vorlesungen. Frankfurt am Main: Suhrkamp.
Habermas, Jürgen (1985b), “A nova opacidade: a crise do Estado-Providência e o esgotamento das energias utópicas”, Revista de Comunicação e Linguagens, 2, 115-128. Tradução de Maria Helena Carvalho dos Santos.
e) Deverá ser sempre referida a edição consultada. Poderá também indicar-se, mas apenas se for considerada relevante, a data da primeira edição. Estas indicações deverão vir no fim da referência, entre parênteses retos. Exemplos: [5.ª ed.]; [5.ª ed.; orig. 1948].
f) No caso de publicações eletrónicas é necessário indicar também a data da última consulta à página e o respetivo URL, no seguinte formato:
Emily Thomson (2009), “Do Ends Justify Means? Feminist Economics Perspectives of the Business Case for Gender Equality in the UK Labour Market”,e-cadernos ces, 5, 118-133. Consultado a 02.12.2011, emhttp://www.ces.uc.pt/e-cadernos/media/ecadernos5/6%20-%20E_%20Thomson%2002_12.pdf.
Madeira, Paulo Miguel (2011), “Desempregados registados nos Centros de Emprego sobem em Novembro pelo quinto mês”, Jornal Público, de 14 de dezembro. Consultado a 14.12.2011, emhttp://economia.publico.pt/Noticia/desempregados-registados-nos-centos-de-emprego-sobem-em-novembro-pelo-quinto-mes-1524983.
g) Quando se tratar de artigos, capítulos ou livros com versão impressa e disponíveis online devem utilizar-se os mesmos modos de citação referidos acima, não esquecendo a data de consulta da página e respetivo URL. Por exemplo:
Pinfari, Marco (2011), “Time to Agree: Is Time Pressure Good for Peace Negotiations?”, Journal of Conflict Resolution, 55(5), 683-709. Versão eletrónica, consultada a 13.12.2011, emhttp://jcr.sagepub.com/content/55/5/683.
h) Ao citar informação disponível numa página eletrónica, deverão incluir-se sempre os seguintes elementos: autor/a ou entidade responsável pela página (data), “título da página”, data de consulta da página e respetivo URL. Por exemplo:
Centro de Estudos Sociais (2011), “Prémio CES para Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa”. Página consultada a 14.12.2011, emhttp://www.ces.uc.pt/oportunidades/premioces/.
i) Ao fazer referência a legislação ou normas, a referência deve identificar o diploma legal ou a norma tal como é feita a citação no texto. Por exemplo, ao indicar no texto “De acordo com o Dec. Lei nº 239/97 de 9 de Setembro” deve colocar-se na bibliografia:
Decreto-Lei n.º 239/97 de 9 de Setembro. Diário da República nº 208/97 - I Série A. Ministério do Ambiente. Lisboa.
Áreas temáticas:
Arte, Literatura e Cultura
A literatura e a arte extrapolam o tempo e o lugar determinados pelas orientações científicas. Contudo, a experiência com o campo estético também envolve e produz conhecimento. As abordagens nesta linha temática favorecerão a tematização do conhecimento através da racionalidade estético-expressiva. Procuram-se propostas que discutam a natureza do conhecimento, entre as coincidências e descontinuidades entre o real e o imaginário.
Palavras-chave: arte; literatura; racionalidade estético-expressiva.
Cidades, Urbanismo e Património
Os campos de estudos da arquitetura, urbanismo e património produziram nos últimos anos novas e vastas análises, estendendo-se a novas geografias e assumindo outras conformações sobretudo pela coadjuvação da teoria pós-colonial. É indiscutível que o património moderno e modernista conforma a grande parte das cidades do mundo ocidental, e que, nos antigos territórios colonizados essa presença foi e é, ainda, mais significativa, constituindo autênticos repositórios de memória coletiva transnacional. Efetivamente, estudos recentes abriram outros olhares para a produção moderna não-ocidental, nos contextos africanos, asiáticos, do leste europeu ou sul-americano, muitos deles associados ao processo cultural do colonialismo, reescrevendo partes de uma história, sempre necessariamente, incompleta. Ao conceito canónico de modernismo da Europa Ocidental e da América do Norte, juntaram-se uma pluralidade de neologismos conceptuais, de modernismos outros, fruto de conjugações diversas (no tempo, no espaço, no meio físico e na conformação político-social), que permitem equacionar a missão civilizadora da arquitetura e a sustentabilidade da(s) sociedade(s) moderna(s). Pretendem-se assim propostas que explorem as articulações entre património e colonialidade.
Palavras-chave: arquitetura e cidades de matriz colonial em contexto pós-colonial; cidades de matriz moderna; património urbanístico e arquitetónico moderno.
Ciência, Riscos: Ambiente, Território e Demografia
O processo de desenvolvimento característico do ocidente, alicerçado na exploração dos recursos naturais, e o processo migratório das zonas rurais para as urbanas tem tornado as cidades cada vez mais densamente povoadas, dificultando a implementação de medidas que atendam a todos, em especial aos menos economicamente favorecidos. Neste contexto, impõe-se a necessidade de implementação de medidas tecnológicas e governamentais que fomentem a resiliência face aos riscos de catástrofes. Diante de tais desafios, pretendem-se trabalhos que explorem de que formas a ciência do Risco, associada às ciências ambientais diversas, pode fomentar a criação de medidas eficazes para prever desastres, evitá-los e minorar os danos por eles causados.
Palavras-chave: ambiente; desastre; desenvolvimento; risco; território.
Democracias, Participação e Direitos Humanos
A participação, individual ou coletiva, como elemento fundamental para o acesso aos direitos humanos, há muito tem sido discutida. Contudo, espaços que proporcionem oportunidades e estimulem uma participação consciente e democrática ainda estão por definir, conquistar e construir. Permeadas por velhas e novas formas de discriminação, as sociedades contemporâneas produzem continuamente processos de marginalização e exclusão, nem sempre disponibilizando a indivíduos e coletivos, em contrapartida, mecanismos de controlo, reparação e accountability. Esta proposta temática busca, por um lado, contribuições que reflitam sobre o modo como a articulação dos direitos humanos pode conduzir à consagração de formas democráticas e inclusivas de participação. Por outro, inversamente, questiona de que formas é que a garantia ou a limitação da participação refletem-se no acesso aos direitos humanos bem como na sua realização plena.
Palavras-chave: democracias; discriminação; direitos humanos; exclusão; participação.
Desafios Metodológicos
Esta área temática busca trabalhos que reflitam sobre pesquisas críticas, voltadas à produção de um conhecimento científico capaz de fazer frente à complexidade da realidade social e posicionado perante as lutas pela emancipação de pessoas e grupos. Como utilizar os instrumentos metodológicos tradicionais de forma crítica, inovadora e dialógica? Como construir novos modelos metodológicos adequados a um pensamento alternativo sobre as alternativas que o mundo hoje oferece? Procuram-se propostas que explorem novas respostas a estas questões.
Palavras-chave: ecologias de saberes; ferramentas e métodos de pesquisa; inovações metodológicas; paradigmas científicos; pesquisas participantes.
Entre Colonialismos: as Metamorfoses do Poder
Esta área temática destina-se a reflexões sobre como os colonialismos estão presentes nos dias de hoje, tanto na forma de legado e património histórico dos sistemas coloniais do passado, quanto ao perpetuar de relações de dominação e negação de alteridades nos sistemas sociopolíticos atuais. Nos espaços em que o capitalismo global metamorfoseia as relações de poder segundo a lógica da apropriação e da violência, modelos neocoloniais de dominação dão origem a novas resistências, desafiando continuamente o pensamento pós-colonial. Assim, procuram-se discussões que problematizem as continuidades coloniais atuais em diferentes espaços.
Palavras-chave: colonialidade do poder; neocolonialismos; patrimónios, espaços e práticas coloniais; pós-colonialismos.
Estado, Administração e Políticas Públicas
Considerando o Estado contemporâneo, sob uma perspetiva analítica das políticas públicas, pressupõe-se que os elementos fundamentais para compreender a licitude da participação popular em todo o processo de formação democrática são conduzidos pela ação e demanda dos diversos movimentos e grupos sociais. Também os organismos internacionais interferem na formação de políticas públicas, assim como na forma como a Administração Pública as aplica. Procuram-se assim propostas que questionem as formas como o Estado responde às diversas demandas da sociedade que visam diminuir a exclusão e promover a equidade, prevalecendo a supremacia do interesse público sobre os interesses particulares.
Palavras-chave: administração pública; equidade; Estado; interesse público; participação popular; políticas públicas.
Género e Sexualidade: Desigualdades e Resistências
Género e sexualidade: desigualdades e resistências é uma área temática que abre espaço aos mais recentes debates sobre antigas questões - da discriminação com base no sexo biológico, na orientação sexual e relacional e nos papéis sociais de género. É um campo de investigação efervescente pelas velhas questões da divisão sexual e das estruturas e interações sociais que as legitimam e reproduzem. É-o também pela emergência pública de novas formas de viver a sexualidade e os afetos, de construir identidades plurais em torno da dimensão sexual, de reinventar conjugalidades e parentalidades. A uma heteronormatividade opõe-se numa dimensão de luta pela legitimação do plural, uma constelação de novas realidades em torno da sexualidade, que confrontam as mais diversas instituições - da família ao Estado - a repensar os seus posicionamentos e as suas próprias estruturas e lógicas de integração no social.
Palavras-chave: desigualdade; género; poder; resistências; sexualidade.
Interculturalidade(s) e Ecologia(s) dos Saberes
Num mundo crescentemente composto por localismos globalizados e globalismos localizados, em termos físicos e virtuais, o diálogo intercultural emerge simultaneamente como uma enorme necessidade e um desafio extremamente complexo. Neste contexto, várias posições emergem que vão desde o entendimento de um diálogo em condições comunicacionais ditas ideais, que não reconhecem a priori os diferentes obstáculos e relações de poder, a posições que parecem não viabilizar qualquer diálogo, assentes em categorias estáticas de saber, cultura, identidade, nacionalidade, sexualidade, temporalidade e produtividade. Para ultrapassar ambas as posições, incapazes de criar diálogos simultaneamente críticos e profícuos, a presente área temática pretende abarcar contributos relacionados com diferentes tempos e espaços de vida que possibilitem questionar diferentes relações de poder, nos espaços ditos transfronteiriços, reinventando assim constantemente múltiplas emancipações sociais de combate às diferentes fontes de opressão social.
Palavras-chave: ecologia de saberes; globalismo; interculturalidade; localismo; migrações.
Paz, Poder e Segurança
As relações internacionais são confrontadas com uma realidade política complexa e em contínua mutação. O conflito militarizado na Ucrânia, as ações militares israelitas em Gaza e o avanço do EEIL na Síria e Iraque reacendem os debates teóricos e conceptuais sobre formas de intervenção, a natureza do conceito de segurança e a possibilidade de conflito entre Estados no território Europeu. Simultaneamente, territórios transnacionais integrados política e economicamente continuam a sofrer os efeitos das distorções provocadas por políticas económicas e sociais aplicadas. O intervencionismo, como resposta à crise económica e financeira, tem alterado consideravelmente as condições de vida das populações, mas também as estruturas de relacionamento de poder entre Estados. Procuram-se, através da análise de conceitos-chave como Paz, Poder e Segurança, reunir um conjunto de propostas que analisem criticamente fenómenos que estão atualmente em discussão através de metodologias alternativas, abordagens transdisciplinares e contributos para a mudança.
Palavras-chave: conflito; intervencionismo; paz; segurança.
Pobreza e Exclusão
A pobreza e a exclusão na atual conjuntura de austeridade económica e crescente desigualdade social, impõem-se como desafios a (re)concetualizar. Novos grupos e vulnerabilidades emergem, e importa discutir os processos e percursos que lhe subjazem, à luz de novas e antigas teorias do desenvolvimento, bem como o papel das políticas públicas e da ação coletiva na sua menorização e erradicação. Deste modo procuram-se propostas que abordem estas temáticas
Palavras-chave: exclusão; novas desigualdades; pobreza.
Transformações no Mundo do Trabalho
As transformações no mundo do trabalho são objeto das discussões no campo dos conflitos sociais e da luta política, considerando o cenário de crise em que vivem muitos países com Estado-social em diferentes níveis de consolidação. Debater as questões do trabalho é fundamental para compreender a sua importância e lugar, em especial num quadro em que parece assistir-se a uma intensificação de assimetrias, quer na óptica das instituições e organizações, do conflito, consenso e coesão social, ou ainda da ação humana e do seu significado subjetivo e objetivo na interação social dos grupos organizados e das estruturas coletivas da vida social. Estes preceitos emergiram nas sociedades desde o século XIX, marcado pela Revolução Industrial que levou ao agudizar dos conflitos sociais e posteriormente às condições fundamentais da solidariedade social. Em momentos tão conturbados propomos um exercício de reflexão em torno desta temática acolhendo propostas para abordar as questões do mundo do trabalho: profissões e organizações, transformações económicas, desenvolvimento e políticas públicas, trajetórias de precariedade, emprego, rendimento e negociação coletiva.
Palavras-chave: emprego ; precariedade; profissões; rendimento; trabalho.