| Trava-se um diálogo crítico com as teses de Donna Haraway, problematizando as posições da feminista norte-americana em dois aspectos principais: a questão da identidade do sujeito cognoscente e a questão da tradução, isto é, do(da) destinatário(a) do conhecimento e, concomitantemente, da língua e da linguagem. Postula-se a necessidade de uma política de identidade não-essencialista e não-totalizante, capaz de demarcar as diferenças e de fazer justiça à sempre contraditória e ambígua pertença do sujeito a múltiplos lugares de identidade, exemplificando-se com duas antologias que dão voz a «mulheres do Terceiro Mundo nos Estados Unidos». Só essa política de identidade poderá constituir a base para intercâmbios e recíprocas contestações nas construções do saber feminista em cada um dos seus específicos espaços de articulação. | |