Territórios em Conflito

Período
1 de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2021
Duração
48 meses
Resumo

Territórios em Conflito Projeto é um projecto coordenado pelo consórcio constituído pelo Centro de Investigação para a Paz Gernika Gogoratuz (GGG) e Gernikatik Mundura (GM), e financiado pela Agência Basca de Cooperação para o Desenvolvimento (AVCD). Procura promover um processo de investigação, formação, ação e advocacia em relação aos impactos que o atual modelo hegemónico neoliberal e patriarcal, e os seus principais agentes as empresas transnacionais, têm nos territórios.
Para tal, desde 2018 um grupo de Investigação de carácter internacional integrado por investigadoras/es da Universidade do País Basco (EHU), Grupo de Estudos Africanos (GEA) da Universidade Autónoma de Madrid (Espanha), Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (Portugal), Universidade de Tolima (Colômbia) e Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), realizam estudos comparando três casos de territórios em conflito: Cajamarca/Tolima – Colômbia; Cabo Delgado – Moçambique; e Urdaibai – Euskal Herria. Os principais marcos teóricos do projecto são:  Desenvolvimento Humano Sustentável, Desenvolvimento Humano Local, Construção de Capacidade Coletivas e a Hermenêutica Feminista das Epistemologias do Sul. São quatros os eixos de análise:   acesso à terra, desigualdades entre mulheres e homens, sustentabilidades e identidades culturais.
Os seus principais objetivos são:
- recolher lições que nos permitam, partindo de uma abordagem local-global, feminista interseccional e de diversidade, fortalecer as capacidades coletivas, as resistências e as alternativas de vida das comunidades, face aos conflitos provocados pelo capitalismo extractivista e ficanceiro;
- produzir materiais de alto valor pedagógico para apoiar processos formativos, de construção de capacidades coletivas e de advocacia política.

Fases do projeto:

Fase I (2018-2019). Investigação, formação e ação para o fortalecimento de capacidades e a construção de alternativas de vida. O objetivo foi o de aprofundar, através de um processo de investigação, formação e ação em 3 territórios, Cabo Delgado (Moçambique), Cajamarca-Tolima (Colômbia) e Urdaibai (País Basco) o conhecimento dos impactos das empresas transnacionais e a construção de diversas ferramentas pedagógicas que, a partir do vínculo local/global pudessem fortalecer resistências e alternativas.


Fase II (2020-2021). Acompanhamento de processos e consolidação de narrativas sobre sustentabilidade da vida. Nesta segunda fase do projeto continuamos a focar-nos no denominado conflito capital – vida, segundo o qual, habitamos num mundo em que os mercados se sobrepõem à sustentabilidade da vida. Para tal, acompanhar-se-ão outros 2 novos processos locais: Maputo (Moçambique) e Caquetá (Colômbia). 

Investigadoras/es
Palavras-Chave
territórios em conflito, extrativismo, capitalismo, heteropatriarcado, colonialismo, alternativas de vida
Financiamento
Agência Basca de Cooperação para o Desenvolvimento