O Programa EQUAL requer aos projectos que apoia um conjunto de requisitos – inovação e carácter experimental das acções, parcerias de desenvolvimento, aplicação do “empowerment”, cooperação transnacional e disseminação de resultados – que fazem deste Programa um programa inovador e exigente.
Desde a primeira hora que a Gestão do Programa EQUAL se posiciona como um “facilitador” da acção das parcerias de desenvolvimento. São disto exemplo, entre outros, o guia do utilizador e a elaboração de cadernos de encargos que constituíram importantes suportes técnicos orientadores das próprias candidaturas.
Os projectos EQUAL têm como principal objectivo melhorar e acrescentar valor às intervenções e às respostas aos destinatários, sejam eles públicos desfavorecidos, empreendedores ou empresas. Mas os resultados dos projectos devem obrigatoriamente, para serem dissemináveis, traduzir-se em resultados concretos, podendo considerar-se como principais “produtos” EQUAL: as próprias Parcerias de Desenvolvimento, os recursos técnico-pedagógicos, as práticas de referência e as próprias competências adquiridas com os projectos.
Esta publicação inicia uma “Colecção” que tem em vista disponibilizar instrumentos auxiliares de trabalho às Parcerias de Desenvolvimento (PD), de forma a contribuir para melhorar os resultados dos projectos.
O desenvolvimento de competências individuais e colectivas é um dos objectivos mais importantes da iniciativa EQUAL. Para a sua avaliação é indispensável que as PD efectuem um balanço (de competências), de partida e de chegada, que permita medir os resultados do projecto a esse nível.
Com efeito, a Gestão EQUAL considerou que as mais valias dos projectos só seriam verdadeiramente demonstradas se os projectos procedessem a este balanço de competências a três níveis: dos técnicos e outros agentes envolvidos na implementação dos projectos, dos destinatários das acções e das organizações intervenientes sejam parceiras ou beneficiárias.
Por isso solicitou às Parcerias de Desenvolvimento a realização de Balanços de Competências.
O presente Guia pretende ser um suporte à concretização do compromisso assumido pelas PD de desenvolver um Balanço de Competências.
Todavia, não se consideraria o seu objectivo conseguido se as PD adoptassem as recomendações que aqui constam como “encargos administrativos” do projecto. Com efeito, pretende-se que as práticas que aqui se sugerem, ou outras alternativas com idênticos resultados, sejam incorporadas na rotina dos projectos e sejam entendidas como actividades que contribuem decisivamente para os seus resultados. Se assim for feito, o fornecimento de informação acerca do Balanço de Competências ao Gabinete de Gestão, decorrerá naturalmente da dinâmica de funcionamento do projecto e não constituirá mais um peso burocrático para as PD.