O relatório anual da Organização Internacional do Trabalho Better Jobs for a Better Economy expõe os efeitos negativos das políticas de austeridade, adotadas preferencialmente pelos países da Zona Euro, sobre o crescimento económico e o emprego. O enfoque exclusivo destas políticas na redução dos défices públicos traduz-se numa maior volatilidade e, mesmo, na quebra do investimento, na contração do crédito, na redução do emprego, no abaixamento da sua qualidade e na sua maior precariedade. No caso dos países da Europa do Sul, este cenário é ainda mais negativo, confrontados que estão com uma recessão económica.
As medidas de desregulação do mercado de trabalho e de redução da proteção laboral têm sido uma das componentes das políticas de austeridade. O relatório vem confirmar a ausência de uma relação direta entre este tipo de medidas e os níveis de emprego. Isto deve-se, em parte, à influência do andamento da atividade económica sobre o emprego gerado. Os países da Europa do Sul são reveladores disto mesmo, onde a maior desregulação do mercado de trabalho ao invés de promover o crescimento económico e a criação de emprego tem estado associada à sua deterioração.
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