O poder simbólico
da religião. A dialética da exclusão e inclusão
social de gênero nos espaços sagrados da Igreja Católica
na região metropolitana de São Paulo. Enfocaremos os espaços sagrados da Igreja Católica como
locus de expressão do imaginário religioso das pessoas,
maioria mulheres, que o povoam. Templos específicos do catolicismo
tradicional urbano, denominados aqui de "espaços sagrados",
que se caracterizam como espaço social. Locais de relação
social de luta pacífica entre o masculino e o feminino, numa disputa
de poder, mas também espaço de formação de
comunidade, fonte de representações simbólicas que
possibilitam a integração de gênero. Delimitamos estes
espaços de pesquisa em alguns templos das igrejas (paróquias)
da região Sé da Arquidiocese de São Paulo. A droga e o sagrado em diferentes universos culturais O texto analisa a significação e as formas de uso de droga
em outros contextos culturais, cuja organização social se
difere da sociedade atual. Ao evidenciar essa diferença, o objetivo
do estudo é fundamentar a argumentação de que a modalidade
de uso de droga caracterizada como dependência é um fenômeno
específico da modernidade. Trata-se, portanto, de tentar entender
a relação entre a droga e o sagrado nos contextos culturais
indígenas e tradicionais, procurando perceber o significado do
uso simbólico e mitológico de droga naquelas sociedades
e em que esta forma de consumo se diferencia do uso intensificado moderno. Família, sexualidade e trajetória em contexto religioso
plural O debate proposto está inscrito no contexto religioso do Rio de
Janeiro marcado pelo pluralismo e pelo trânsito inter-confessional,
fortemente incrementado pelo crescimento do campo evangélico pentecostal.
Um ponto relevante que assume um papel importante no debate é a
leitura realizada pelas chamadas igrejas neopentecostais, em especial
a IURD, de que práticas religiosas e sociais não estão
dissociadas. Esta inserção na vida pública trouxe
uma sensível mudança da lógica "estamos no mundo,
mas não somos do mundo", peculiar às narrativas pentecostais.
Há uma negociação constante entre o "estar no
mundo" e o "ser do mundo", que é um ponto fundamental
para o debate proposto pela presente pesquisa. A inserção
no mundo marcada pela participação efetiva na esfera pública,
através da política e dos meios de comunicação,
influencia na complexificação do debate de temáticas
como: família, sexualidade, reprodução e planejamento
familiar - envolvendo aqui posturas distintas sobre aborto e contraceptivos
- e as possíveis combinações com essas práticas
religiosas. O estudo privilegia a análise de trajetórias
individuais que englobam os processos de conversão e desconversão
religiosa, movimentos característicos do exercício da autoridade
reflexiva gerada na modernidade. Levando em conta esta característica,
problematizo as combinações e interdependências entre
as respectivas opções confessionais, os "regimes dos
prazeres" e os "usos do corpo" - que também envolvem
estratégias reprodutivas, aborto e práticas sexuais. A pesquisa
se inscreve no âmbito de uma rede familiar específica e ampliada,
considerando também os laços de afetividade que incluem
"amigos" e "agregados". |
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