Os filhos da África
em Portugal: antropologia, multiculturalidade e educação
Um olhar atlântico sobre a realidade negra e africana em Portugal
e seu contexto privilegia, aqui, a realidade de imigrantes africanos dos
PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) -
Angola; Cabo Verde; Guiné Bissau; Moçambique; São
Tomé e Príncipe - e de seus filhos no espaço da sociedade
portuguesa e, em particular, na cidade de Lisboa. As comunidades sino-moçambicanas e suas diásporas:
questões identitárias Ao contrário do que ocorre com a comunidade indiana, cuja presença
económica concorrente dos interesses portugueses, levou a uma extensa
produção bibliográfica, a comunidade chinesa de Moçambique
tem-se mantido praticamente invisível. A sua presença nos
tempos modernos remonta a 1858 quando, por iniciativa do governo-geral
de Moçambique, foram contratados 30 operários do sul da
China para virem trabalhar nas Obras Públicas da cidade-capital.
Uma outra contratação virá a ocorrer em 1882 por
iniciativa da mesma autoridade que pretendia até 120 súbditos
chineses, embora não se saiba exactamente quantos foram para Moçambique.
De qualquer modo, a sua presença foi gradualmente aumentando e,
no início do século XX existiam já cerca de quatro
centenas de trabalhadores, a maioria dos quais exercendo actividades como
pedreiros ou cabouqueiros, picadores de pedra e ferreiros. Novas vagas
de imigrantes virão a ocorrer nas décadas de 20, mas foi
a partir dos anos 40, e mais particularmente nas duas décadas seguintes,
que a comunidade se fortaleceu. Em 1974, as estatisticas indicam uma cifra
ligeiramente superior a 4.200 indivíduos para a cidade da Beira
e um número um pouco inferior a 4.000 em Lourenço Marques. Desigualdades brasileiras: estrangeiros em São Paulo como
topografia da alteridade. Territórios luso afro brasileiros No contexto da transnacionalização da economia e da constituição
da sociedade informacional, a sociedade urbana - a cidade - sofrem efeitos
das inovações tecnológicas que revolucionam a comunicação,
a sociabilidade, alterando as configurações espaciais, a
dinâmica, o acesso à cultura e aos equipamentos. A cidade
capitalista, entretanto, continua a apresentar questões recorrentes:
desigualdades socioespaciais, exclusão, segregação
e, enfim, pobreza e miséria crescentes. Nipo-brasileiros e "brasileiros": identidades e alteridades Como pensar as relações entre nikkeis e brasileiros ao
longo da história da cidade de Pereira Barreto? Como identidades
foram (re)definidas a partir de relações sociais entre os
vários grupos sociais presentes na cidade? Até que ponto,
imigrantes japoneses e seus descendentes incorporaram elementos da cultura
brasileira e, vice versa, até que ponto elementos da cultura japonesa,
por meio das relações sociais, redefiniram costumes, hábitos,
valores e práticas sociais de brasileiros na cidade? Esse é
um estudo que partiu do pressuposto de que relações étnicas,
estabelecidas a partir de processos migratórios, não podem
ser pensados por meio dos conceitos de assimilação e homogeneização
cultural. A pesquisa foi desenvolvida com base em coleta de depoimentos
de moradores da cidade pertencentes tanto à colônia japonesa
quanto à comunidade em geral. As informações coletadas
foram analisadas, principalmente, a partir dos conceitos de habitus e
de campo de autoria de Pierre Bourdieu. Pereira Barreto é um município
localizado a 630 km à noroeste da capital do Estado de São
Paulo. Foi fundado a partir de um empreendimento de colonização
japonês no final dos anos de 1920. No entanto, entre 1930 e 1950,
ocorreram um conjunto de transformações que levou ao esvaziamento
da colônia. Em 1940, a colônia japonesa representava mais
de 50% da população e em 1991, menos de 5%. Os imigrantes
japoneses inseriram-se na estrutura produtiva da cidade, sobretudo, como
pequenos e médios proprietários rurais. Já os brasileiros,
que mudaram-se para a cidade logo após a sua fundação,
empregaram-se como trabalhadores assalariados nas propriedades dos imigrantes.
A partir da emancipação política do município,
no final da década de 1930, observou-se a chegada de um novo contingente
de brasileiros. Nesse caso, tratava-se de um grupo ligado a atividades
administrativas.
Desigualdades Sócio-espaciais e Exclusão na Metrópole
de São Paulo Inúmeros são os trabalhos sobre a RMSP e as análises
acerca das mudanças no padrão redistributivo da população
e das atividades econômicas na metrópole. Este não
pretende ser apenas mais um trabalho sobre o tema, mas objetiva agregar
novas informações às já disponíveis,
a partir do uso de uma metodologia específica, a qual possibilita
analisar, entre outros processos, a redistribuição espacial
da população ocupada, no período 1980-1991 e posteriormente
2000, utilizando-se de informações censitárias. |
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