Colecção Reinventar a Emancipação Social: Para Novos Manifestos
 
   


Democratizar a Democracia
Os caminhos da democracia participativa

Boaventura de Sousa Santos (Org.), 2003, Porto: Afrontamento

INTRODUÇÃO GERAL
Boaventura de Sousa Santos

1. Os pressupostos e os desafios (12)
2. A renovação das ciências sociais (15)
3. A reinvenção da emancipação social (18)
4. Conclusão (21)

INTRODUÇÃO: PARA AMPLIAR O CÂNONE DEMOCRÁTICO
Boaventura de Sousa Santos e Leonardo Avritzer

1. A concepção hegemônica da democracia na segunda metade do século XX (39)
2. As concepções não-hegemônicas da democracia na segunda metade do século XX (44)
3. Democracia participativa no Sul no século XXI (48)
4. As vulnerabilidades e ambigüidades da participação (51)
5. As potencialidades da participação (56)
6. Conclusão (60)

MOVIMENTOS SOCIAIS E ASPIRAÇÃO DEMOCRÁTICA

  • Capítulo 1- Micro-movimentos na Índia: para uma nova política de democracia participativa
    D. L. Sheth

    Introdução (75)
    1. Os micro-movimentos (76)
    2. O discurso da globalização (79)
    3. O contra-discurso dos movimentos (81)
    4. O discurso global dos protestos (85)
    5. A nova política dos movimentos (87)
    6. Repolitizar o desenvolvimento (88)
    7. Reinventar a democracia participativa (94)
    8. Conclusão (106)

  • Capítulo 2 - O reinventar da democracia participativa na África do Sul
    Sakhela Buhlungu

    Introdução (115)
    1. A tradição da participação democrática na África do Sul (117)
    2. Democracia participativa e as experiências vividas pela classe operária (123)
    3. Democracia participativa como forma de emancipação (132)
    4. O declínio da democracia participativa durante a transição para uma sociedade pós-apartheid (134)
    5. Em direcção a uma tradição de participação democrática (139)

  • Capítulo 3 - A política do reconhecimento e da cidadania no Putumayo e na Baixa Bota Caucana: o caso do movimento cocalero de 1996
    María Clemencia Ramírez

    Introdução (147)
    1. Condições para o início das marchas cocaleras de 1996 (149)
    2. As forças militares e a operação conquista (151)
    3. "Saímos voluntariamente obrigados": as FARC e o Movimento Cívico para o Desenvolvimento Integral do Putumayo na organização das marchas cocaleras (153)
    4. As Juntas de Acção Comunal como rede para a organização das marchas e a sua relativa autonomia em relação às FARC (157)
    5. A negociação: um espaço para confrontar identidades e solicitar o reconhecimento da sua história de violência e deslocações (160)
    6. A ambivalência dos funcionários do Estado face ao Movimento cocalero e a assinatura do acordo inicial (164)
    7. À procura da emancipação social através da construção de uma cidadania e do exercício da democracia participativa (167)
    8. Construção do Estado na localidade (172)
    9. À procura de representação política (175)

  • Capítulo 4 - Emancipação social num contexto de guerra prolongada: o caso da Comunidade de Paz de San José de Apartadó, na Colômbia
    María Teresa Uribe de H.

    Introdução (185)
    1. O contraponto soberania em perigo / autodeterminação social (186)
    2. San José de Apartadó no contexto regional do Urabá - uma tradição de refúgio e resistência (190)
    3. San José de Apartadó - uma história de rebeldia, resistência e organização social (193)
    4. A "Comunidad de Paz": um pacto fundador (203)

  • Capítulo 5 - "Casas decentes para o povo": movimentos urbanos e emancipação em Portugal
    João Arriscado Nunes e Nuno Serra

    Introdução (215)
    1. Os intelectuais, os saberes e a participação política (217)
    2. A Revolução portuguesa de 1974-75 e o contexto da operação SAAL (219)
    3. A experiência do SAAL/Norte: a luta pela habitação num período de Revolução (222)
    4. A memória da Revolução e do SAAL/Norte: um recurso para a reinvenção da participação? (237)

INSTITUTIÇÕES E ACTORES POLÍTICOS

  • Capítulo 6 - Tribunal Constitucional e emancipação social na Colômbia
    Rodrigo Uprimny e Mauricio García-Villegas

    Introdução (251)
    1. Debate teórico (252)
    2. As razões do activismo progressista do Tribunal (256)
    3. Casos (261)
    4. Potencial emancipatório da justiça constitucional (269)
    5. Conclusões (277)

  • Capítulo 7 - O território como espaço de acção colectiva: paradoxos e virtualidades do "jogo estratégico de actores" no planeamento territorial em Portugal
    Isabel Guerra

    1. A necessidade de entendimento das novas formas de "construção da acção colectiva" nas formas de gestão territorial (289)
    2. Os actores e a participação local em Portugal (291)
    3. Os paradoxos e as virtualidades da intervenção social (303)

  • Capítulo 8 - Empresas e responsabilidade social: os enredamentos da cidadania no Brasil
    Maria Célia Paoli

    Introdução (311)
    1. O lugar da legitimidade da filantropia empresarial: o discurso do terceiro setor (315)
    2. As transformações da responsabilidade social (319)
    3. Ambigüidades e ambivalências (335)

  • Capítulo 9 - Poder político e protagonismo feminino em Moçambique
    Conceição Osório

    Introdução (349)
    1. Construindo utopias: os primeiros quinze anos… (354)
    2. As quotas da globalização e os contextos locais no acesso das mulheres ao poder político. (356)
    3. Representação do poder: do imaginário colectivo e da construção social da diferença (360)
    4. Alternativa(s) na acção política ou consolidação hegemónica do modelo político? (362)
    5. Conclusões: as dúvidas (369)

DEMOCRACIA PARTICIPATIVA EM ACÇÃO

  • Capítulo 10 - Orçamento Participativo em Porto Alegre: para uma democracia redistributiva
    Boaventura de Sousa Santos

    Introdução (377)
    1. A política urbana: o caso de Porto Alegre (378)
    2. Orçamento Participativo em Porto Alegre (383)
    3. A evolução do Orçamento Participativo: sobre a aprendizagem da democracia participativa (415)
    4. Orçamento Participativo: para uma democracia redistributiva (425)
    5. Conclusão: entre o passado e o futuro (453)

  • Capítulo 11 - Modelos de deliberação democrática: uma análise do orçamento participativo no Brasil
    Leonardo Avritzer

    Introdução (469)
    1. A democratização brasileira e a emergência da inovação ao nível da sociedade (474)
    2. Inovação social e a emergência do orçamento participativo (OP) (476)
    3. O orçamento participativo em Porto Alegre e Belo Horizonte (480)
    4. O orçamento participativo e a ampliação da soberania a nível local (485)
    5. Participação, complexidade e monitoramento no OP (491)
    6. Inovação social e as formas contra-hegemônicas da democracia participativa (493)

  • Capítulo 12 - O perfil político e institucional da democracia participativa: lições de Kerala, Índia
    Patrick Heller e T.M. Thomas Isaac

    Introdução (499)
    1. Desagregando a Democracia (501)
    2. Os limites da democracia efectiva na Índia (503)
    3. Democracia e movimentos sociais em Kerala (506)
    4. A Campanha dos Cidadãos pela Descentralização do Planeamento (509)
    5. Formulação e implementação de planeamento de participação (516)
    6. Analisando a campanha de forma crítica (524)
    7. Conclusão (531)

COMENTÁRIO GERAL

  • Capítulo 13 - Para outras democracias
    Emir Sader

    1. Democracia liberal: triunfo e crise (541)
    2. Da resistência a alternativas (544)
    3. Democracia participativa e semi-periferia (546)
    4. Colômbia: entre dois mundos (548)
    5. Moçambique: a mulher na luta insurrecional e depois (553)
    6. Brasil: para a socialização da política e do poder (554)
    7. Índia e Portugal: para uma democracia local? (560)