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Conhecimento Prudente para uma Vida Decente
"Um Discurso sobre as Ciências" Revisitado

Boaventura de Sousa Santos (Org.)

Prefácio
Nota sobre os autores (11 )
texto...Introdução (Boaventura de Sousa Santos) (15 )
I PARTE - NEM TRÉGUAS NEM RENDIÇÕES: DEPOIS DAS GUERRAS DA CIÊNCIA (55 )
  • 1 - Um Discurso sobre as Ciências dezasseis anos depois (57 )
    João Arriscado Nunes

    Introdução (57 )
    1. A inflexão do debate epistemológico (60 )
    2. Todo o conhecimento científico-natural é científico-social (64 )
    3. Todo o conhecimento é autoconhecimento(66 )
    4. Todo o conhecimento é local e total (68 )
    5. Todo o conhecimento científico visa transformar-se em senso comum(69 )
    6. Uma polémica anacrónica e fora do lugar (71 )

  • 2. O destino das "duas culturas": mais uma salva de tiros nas "guerras da ciência" (81 )
    Richard Lee
  • 3. Sobre guerras e revoluções (99 )
    Peter Wagner

    Introdução (99 )
    1. A ciência e a questão da representação (101 )
    2. A ciência e os seus críticos: um debate recorrente (103 )
    3. A ciência e as suas aplicações: as transformações do mundo inspiradas pela ciência (107 )
    4. Variedades de certeza epistémica (110 )
    5. Epistemologia e crítica: o conhecimento como regulação e o conhecimento como emancipação (113 )

  • 4. As estruturas do conhecimento ou quantas formas temos nós de conhecer? (117 )
    Immanuel Wallerstein
  • 5. Para além da Grande Separação, tornarmo-nos civilizados? (125 )
    Isabelle Stengers

    Introdução (125 )
    1. O golpe de Arquimedes e o sorriso chinês (126 )
    2. No mesmo barco (127 )
    3. De facto, nós não somos assim tão diferentes dos outros… (129 )
    4. Os cinco horizontes da investigação (132 )
    5. Pôr as redes em política? (135 )
    6. Democratizar a democracia? (138 )

  • 6. Como conferir autoridade ao conhecimento na ciência e na antropologia (143 )
    Joan Fujimura

    Introdução (143 )
    1. As "guerras da ciência" (145 )
    2. O construtivismo nos estudos sobre a ciência (147 )
    3. A autoridade científica e a revolução pós-euclidiana na matemática (152 )
    4. A historicidade do Pi (153 )
    5. Geometria não-euclidiana (155 )
    6. Distâncias não-euclidianas (158 )
    7. Os cânones e o controle da "pureza" na geometria do século XIX (160 )
    8. Disciplina e autoridade na ciência (164 )
    9. A paródia como controlo social (165 )
    10. Conclusão: Como criar conhecimento na ciência e na antropologia (168 )

  • 7. Um discurso sobre as ciências passadas e presentes (173 )
    João Caraça
  • 8. Ciência e humanismo, capacidade criadora e alienação (181 )
    Germinal Cocho, José Luis Gutiérrez e Pedro Miramontes

    Introdução (181 )
    1. A matemática do mundo do amanhã (184 )
    2. Sobre a crise do paradigma dominante (185 )
    3. A reacção (187 )
    4. O mundo hoje: mudança rápida, revolução permanente e obsolescência (188 )
    5. Desalento ou esperança? (190 )
    6. As culpas (191 )
    7. Complexidade e mudança possível (193 )
    Conclusão (198 )

  • 9. A minha crítica da ciência (201 )
    Jorge Dias de Deus
  • 10. Um discurso sobre as ciências: a abertura aos tempos (209 )
    Roberto Follari

    Introdução (209 )
    1. Ciência como forma do social (209 )
    2. São as ciências sociais o novo modelo de ciência(s)? (213 )
    3. As novas tendências na ciência: mercantilização e incomensurabilidade (216 )
    4. Teorias débeis: os sinais dos tempos (219 )
    5. Uma nova ciência para uma nova vida (222 )

  • 11. Desmercantilizar a tecnociência (227 )
    Marcos Barbosa da Oliveira

    Introdução (227 )
    1. A tese da tecnociência (229 )
    2. As patentes e a mercantilização da tecnologia (232 )
    3. A reforma neoliberal da Universidade e a mercantilização da ciência (235 )
    4. Mercadoria e mercado (239 )
    5. Avaliando os resultados (240 )
    6. A mercantilização e o debate (243 )
    7. A luta pela desmercantilização (246 )
    8. Conclusão (248 )

II PARTE - OS GRANDES TEMAS: ALGUMAS ABORDAGENS POSSÍVEIS (251)
  • 12. Como a Razão perdeu o seu equilíbrio (253 )
    Stephen Toulmin

    Introdução: a ciência, o direito e a política (253 )
    1. A racionalidade e a razoabilidade (254 )
    Excursus: Os usos humanos das teorias técnicas (267 )

  • 13. Uma nova racionalidade para a ciência? (273 )
    Anna Carolina Regner

    Introdução (273 )
    1. A retórica de Aristóteles e a ciência de Darwin (278 )
    2. A argumentação de Darwin (289 )
    Conclusão (300 )

  • 14. Precisão filosófica, científico-técnica e seus limites (305 )
    Miguel Baptista Pereira
  • 15. Ciência e valores: o pluralismo axiológico da ciência e o seu valor epistémico (351 )
    João Maria André

    Introdução (351 )
    1. A abertura do sujeito epistémico e o pluralismo axiológico da ciência (352 )
    2. A "querela da pós-modernidade" e o relativismo epistemológico da ciência (358 )
    3. Nota (in)conclusiva (364 )

  • 16. Verdade, realismo e virtude (367 )
    Hermínio Martins
  • 17. Limites da razão - razão dos limites (397 )
    Francisco Gutiérrez

    Introdução (397 )
    1. Vaidade e previsibilidade (400 )
    2. Linhas de confluência (401 )
    Conclusões (404 )

  • 18. O quinto rombo: a psicanálise (407 )
    Carlos Plastino

    1. Uma abordagem radical (407 )
    2. O quinto rombo(409 )
    3. O saber psicanalítico como construção(414 )
    4. A nova síntese metapsicológica e a ruptura paradigmática (419 )
    5. A centralidade da questão epistemológica (420 )
    6. Um paradigma prudente (425 )

  • 19. Sujeito e sentido: considerações sobre a vinculação do sujeito ao conhecimento que constrói (435 )
    Hugo Zemelman
III PARTE - INTERROGAÇÕES COMPLEXAS, CRIATIVAS E SITUADAS: A CIÊNCIA EM ACÇÃO (447)
  • 20. A ciência e o bem-estar humano: para uma nova maneira de estruturar a actividade científica (449 )
    Hugh Lacey

    Introdução (449 )
    1. A ciência como axiologicamente neutra (450 )
        1.1. Imparcialidade, autonomia, neutralidade (451 )
        1.2. Três momentos da actividade científica (452 )
    2. Actividade científica (453 )
        2.1. Compreensão científica (453 )
        2.2. Estratégia: restrições às teorias, critérios de selecção dos dados,
               possibilidades a investigar (455 )
        2.3. Relações que se reforçam mutuamente entre a adopção de uma
               estratégia e a assunção de valores (456 )
        2.4. Três momentos da actividade científica; papéis possíveis para os
               valores (460 )
        2.5. Comentários sobre a controvérsia em torno de Um Discurso sobre
               as Ciências (461 )
    3. Uma nova maneira de estruturar a actividade científica (463 )
        3.1. A reciprocidade entre as ciências naturais e as ciências sociais
        (464 )
        3.2. Teses adicionais (466 )
    Conclusão (467 )

  • 21. Células estaminais como densidades autopoiéticas (471 )
    Miguel Ramalho Santos

    Introdução (471 )
    1. Células estaminais como unidades de autopoiese (471 )
    2. Autopoiese e Homeostase (473 )
    3. Uma crítica da autopoiese (474 )
    4. Complementaridade e células estaminais (475 )
    5. Um programa de pesquisa para a biologia das células estaminais (476 )

  • 22. O debate sobre a imagem da ciência - a propósito das idéias e da ação de E. P. Wigner (481 )
    Olival Freire Jr.

    Introdução (481 )
    1. A controvérsia sobre os fundamentos da teoria quântica, fins da década de 50 do século passado (484 )
    2. Idéias, atividade e liderança de E. P. Wigner (487 )
    3. Wigner versus Rosenfeld, Daneri, Loinger e Prosperi, ou a quebra da monocracia de Copenhague (495 )
    4. A fortuna da tese wigneriana sobre o papel da consciência na física quântica, e a fortuna de sua atividade no campo dos fundamentos da Teoria Quântica (500 )
    5. Os anacronismos na leitura do pensamento de Wigner. Estudos sobre a ciência e os anacronismos. A história como disciplina científica (502 )

  • 23. Concordâncias e discordâncias: comentário sobre Um Discurso sobre as Ciências (507 )
    Samuel Macdowell
  • 24. Sobre as fronteiras (511 )
    João Ramalho Santos

    1. Uma narrativa da reprodução (511 )
    2. A Ciência enquanto se faz (515 )
    3. Diálogos sem fronteiras (523 )
    4. Conclusão (525 )

  • 25. A reconstrução da complexidade ecológica sem regras: ciência, interpretação e prática reflexiva crítica (529 )
    Peter Taylor

    Introdução (529 )
    1. Problemas de delimitação na construção de modelos de sistemas ecológicos: dois casos (530 )
        1.1. A construção da complexidade (530 )
        1.2. A complexidade oculta dos modelos simples (532 )
    2. Estratégias de construção de modelos (534 )
    3. Correlações sociais-pessoais-científicas (535 )
    4. Construção heterogénea (538 )
    5. Quando os ecologistas cartografam a sua própria socialidade (539 )
    6. Um quadro para manter as tensões activas e produtivas (540 )
    7. Epílogo: O envolvimento flexível (547 )

  • 26. A ciência tal qual se faz ou tal qual se diz? (553 )
    Maria da Conceição Ruivo

    Introdução (553 )
    1.Modos de falar (554 )
    2. Quando os cientistas comunicam (556 )
    3. Os limites ao conhecimento (559 )
    4. A ciência "contaminada" (562 )
    5. Os sonhos de emancipação - das Luzes à dupla ruptura epistemológica (563 )

  • 27. O exercício prático da cultura científica (569 )
    José Mariano Gago
IV PARTE - INJUSTIÇA COGNITIVA GLOBAL: PARA RECONSTRUIR OS CONHECIMENTOS E O MUNDO (581 )
  • 28. Modernização, modernismos e o mistério da teoria crítica na economia (583 )
    Francisco Louçã

    Introdução (583 )
    1. Uma recapitulação (584 )
    2. A revolução neo-clássica (585 )
    3. A modernização incompleta (588 )
    4. Política e ciência na geração fundadora da econometria (589 )
    5. Mobilizados contra a guerra e o capital (593 )
    6. O balanço da Guerra (596 )
    7. Modernização e modernismo (599 )

  • 29. Actores, redes e novos produtores de conhecimento: os movimentos sociais e a transição paradigmática nas ciências (605 )
    Arturo Escobar

    Introdução: a transição paradigmática revisitada (605 )
    1. Redes, malhas e movimentos sociais anti-globalização (609 )
    2. As malhas na prática: um breve exemplo colombiano (618 )
    Conclusão (627 )

  • 30. Os esplendores e as misérias da "ciência": colonialidade, geopolítica do conhecimento e pluri-versalidade epistémica (631 )
    Walter Mignolo

    1. Do totalitarismo epistémico ao "paradigma de um conhecimento prudente para uma vida decente" (631 )
    2. A descoberta da "colonialidade" e a emergência de "um outro paradigma" (639 )
    3. A geopolítica da "revolução científica", os seus privilégios de sexo e de raça (644 )
    4. A racialização do "Terceiro Mundo": recursos naturais, cultura e (658)conhecimentos indígenas
    5. Observações finais (665 )

  • 31. A superação do eurocentrismo. Enriquecimento do saber sistémico e endógeno sobre o nosso contexto tropical (673 )
    Orlando Fals Borda e Luis E. Mora-Osejo

    Introdução (673 )
    1. Hipótese do contexto (674 )
    2. Dificuldades resultantes do eurocentrismo (674 )
    3. Nivelação de paradigmas (676 )
    4. Complexidade e vivência no trópico (676 )
    5. Necessidade da endogénese (677 )
    6. Criatividade nacional e soma de saberes (678 )
    7. Política científica própria (679 )
    8. Universidade participativa (680 )

  • 32. Agentes do conhecimento? A consultoria e a produção do conhecimento em Moçambique (683 )
    Maria Paula Meneses

    Introdução (683 )
    1. A produção colonial e pós-colonial da desigualdade dos saberes: a ciência moderna como um localismo globalizado (684 )
        1.1. A emergência do saber tradicional e a origem
               histórica da dicotomia moderno/tradicional (686 )
        1.2. As concepções da ciência e as práticas científicas
               em África nos dias de hoje: a continuidade das
               desigualdades (688 )
    2. As consultorias - um caso extremo de globalismo localizado? (695 )
        2.1. Dilemas e cooptações (695 )
        2.2. Desenvolvimento local ou localização dos locais?
               (696 )
        2.3. A participação "das comunidades" ou persistência
               da sua invisibilidade? (700 )
    3. Contra a tirania da ciência do centro: que alternativas? (704 )

  • 33. Convite para uma Guerra da Ciência (717 )
    Shiv Visvanathan
  • 34. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências (735 )
    Boaventura de Sousa Santos

    Introdução (735 )
    1. A crítica da razão metonímica (739 )
    2. A crítica da razão proléptica (750 )
    3. O campo da sociologia das ausências e da sociologia das emergências  (755 )
    4. Das ausências e das emergências ao trabalho da tradução (757 )
    5. Condições e procedimentos da tradução (763 )
    6. Conclusão: para quê traduzir? (768 )