Resumo: Durante a década de sessenta, numa altura
em que o mundo ia assistindo à consolidação triunfante dos
independentismos anticoloniais, a ditadura portuguesa persistia em
manter o seu domínio ultramarino. Apesar de educados numa certa
“mística imperial” e limitados nos seus direitos de expressão e
associação, alguns sectores da sociedade, essencialmente enraizados nos
territórios estudantis, foram construindo um horizonte de intervenção
fortemente crítico do colonialismo do regime. Este texto pretende
caracterizar a prática e o discurso de uma destas áreas, no caso a
pulverizada corrente maoísta, contextualizando previamente a ideia de
violência nas leituras sobre os “longos anos sessenta” e a
especificidade do maoísmo emergente nesse tempo.
Palavras-chave: Anticolonialismo, Estado Novo, radicalismo, anos sessenta, maoísmo.
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