Curso de formação Inscrição: 40€ Organização: CES / Le Monde Diplomatique (edição portuguesa) Coordenação: José Castro Caldas e Ana Cordeiro Santos Em consequência da hegemonia do pensamento liberal, o que veio a predominar foi uma concepção individualista do bem comum, dos bens comuns e dos custos sociais que encara o bem comum como uma simples soma de bens individuais e olha para os bens comuns e os custos sociais a partir do pressuposto de uma tendência egoística dos indivíduos que os leva a considerar apenas o que é privado. As concepções individualistas do bem comum cedo tiveram de se confrontar com paradoxos: os indivíduos “racionais” seriam incapazes de definir colectivamente o bem comum e mesmo que o conseguissem fazer seriam incapazes de agir em colectivo para garantir os bens que decidiram perseguir ou evitar os males que a todos afectam. Mas a realidade contradiz estas visões pessimistas: não há tomada de decisão pública que dispense justificações (contestáveis e contestadas) em termos de bem comum; a acção colectiva é precária mas existe. Para lá das “harmonias económicas” e dos “paradoxos pessimistas” há uma Economia dos bens comuns que vai tomando forma. Isso mesmo foi surpreendentemente reconhecido com a atribuição do último prémio Nobel da Economia a Elinor Ostrom. Dar conta dos avanços neste terreno – compreensão dos processos que levam às definições do bem público e das condicionantes da acção colectiva – é o objectivo deste Curso de Formação. 3 de Julho 2010 9.30-10.30 Definir o bem comum e agir colectivamente (José Castro Caldas, CES)
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