|
Seminário de Pós-Doutoramento 18 e 19 de Março de 2009, 9:30, Auditório da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Nas duas últimas décadas, o cenário contemporâneo revela, com clareza, o agudizar de contradições e antagonismos que se materializam em processos de crises que marcam a civilização do capital, denominada também de "globalização neo-liberal". Instabilidades, inseguranças, descartabilidade, desigualdades, exclusões, discriminações e violências circunscrevem a época presente, sob a égide da mundialização do capital com preponderância da área financeira. Neste contexto emergem e instituem-se processos de lutas sociais que indicam a construção, em curso, de uma contra-hegemonia. Assim, um desafio central do nosso tempo histórico é reflectir, discutir, investigar caminhos de (re)invenção da emancipação no século XXI. O presente Seminário assume este desafio, articulando análises de investigadores que, nesta busca de horizontes de emancipação, vivem e trabalham em diferentes contextos: Portugal , Brasil e México. Nesta direcção, este evento de carácter internacional, estrutura-se em torno de dois eixos: a ampliação do pensamento crítico, no delineamento de alternativas para além do capital; a construção de uma contra-hegemonia, em curso, nas lutas e movimentos sociais. No esforço de ampliação do pensamento crítico trabalhar-se-á a conjugação de duas vertentes analíticas: pensamento Marxista, privilegiando Karl Marx e István Mészáros; o pensamento de Boaventura de Sousa Santos. A proposta é avançar em um diálogo crítico entre estes dois pensamentos emancipatórios, articulando caminhos, trilhas e pistas em um alargamento de perspectivas. O potencial teórico-político destas duas vertentes impõe esta interlocução como uma via privilegiada de (re)criação do pensamento crítico, em resposta às exigências do nosso tempo histórico. O seminário busca potencializar projectos colectivos de investigação que viabilizem o estudo das especificidades e convergências, delineando alternativas de contra-hegemonia no tempo presente, de modo a contribuir na construção de uma sócio-economia política de transição. Tem-se, no horizonte, a perspectiva de constituição de uma rede de estudos e pesquisas, tendo como fio condutor a (Re)lnvenção da Emancipação no século XXI. |