Seminário 22 de Maio de 2009, 14:30, Sala Keynes, Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Organização: Núcleo de Estudos sobre Cidades e Culturas Urbanas (NECCUrb) - CES No âmbito do Programa de Mestrado e de Doutoramento em “Cidades e Culturas Urbanas” – CES/FEUC A criação de um museu no maior complexo de favelas do Rio de Janeiro, a Maré, transformou-se num caso emblemático convidando à reflexão sobre o papel estratégico da memória na contemporaneidade. Resultado da iniciativa de movimentos sociais locais, este tipo de museu passou a ser conhecido como “museu social” ou “museu na primeira pessoa”, onde um grupo da sociedade civil revela um protagonismo ativo tecendo novas propostas e ações políticas. Num campo onde as forças sociais são pautadas por negociações permanentes, os museus sociais vão dando mostras de vitalidade expressando narrativas que desafiam histórias consagradas sobre a cidade. Estas narrativas revelam-se poéticas e míticas tornando visíveis diferentes formas de pertencimento e construção da identidade/diferença na tessitura do espaço-tempo da cidade. A comunicação apresenta alguns resultados sobre pesquisa no Museu da Maré no Rio de Janeiro. Regina Abreu é antropóloga, professora do Programa de Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Trabalha com o tema da Memória e do Patrimônio, especialmente com narrativas de resistência e ressignificação da memória como estratégia política em contextos de movimentos sociais. É autora e organizadora de livros e ensaios sobre este tema, entre eles Memória e Patrimônio: ensaios contemporâneos, RJ, ed. Lamparina, 2008. Atualmente, coordena a pesquisa “Memória, Cultura, Transformação Social e Desenvolvimento Sustentável: Panorama Museal do Estado do Rio de Janeiro que tem como objetivo gerar um mapeamento e estimular a reflexão sobre a memória, a cultura e, em especial, sobre a emergência de museus sociais no Estado do Rio de Janeiro. |