Uma Arcádia da mente ou a transparência do «pensamento selvagem» pretende discutir a teoria da mente de Claude Lévi-Strauss no ano em que o grande antropólogo francês completa 100 anos. É um modo de celebrar um dos mais seminais trabalhos literários e filosóficos do século XX, procurando, para lá da homenagem, reter uma perspectiva crítica que nos permita repensar a antropologia hoje através, justamente, de uma pergunta: deverão os antropólogos comprometer-se com a ciência do seu tempo, em que termos, e em que moldes? Poderemos ousar pensar as teorias sociais e antropológicas à luz da neuro-ciência cognitiva contemporânea, secundando, de algum modo, um desafio lançado por Lévi-Strauss? E implicará isto naturalizar perigosamente as teorias sociais e antropológicas?

Nota biográfica

Luís Quintais nasceu em 1968 em Angola. Antropólogo, ensaísta e poeta. Como antropólogo tem vindo a trabalhar sobre cognição, biotecnologias e biarte. Tem ensaios publicados em diversas publicações, destacando-se o ensaio sobre a psiquiatria forense em Portugal na primeira metade do século XX, Franz Piechowski ou a Analítica do Arquivo (Lisboa: Livros Cotovia, 2005). Publicou os seguintes livros de poemas: A Imprecisa Melancolia (1995, Lumen), Lamento (1999, Cotovia), Umbria (1999, Pedra Formosa), Verso Antigo (2001, Cotovia), Angst (2002, Cotovia), Duelo (2004, Cotovia), Canto Onde (2006, Cotovia).
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