Feira do Livro

Ao longo do IX Congresso Ibérico de Estudos Africanos terá lugar uma feira do livro na FEUC, onde decorre o evento, com a presença de 11 editoras, lançamento de livros e um encontro com autores do CES.

As editoras que participam neste encontro são: Almedina, Afrontamento,  African Institute of South Africa, CODESRIA, Duplo Alcance, Eurospan, Nós Somos, Pedago e a Iberian Book Services, que representa as seguintes editoras: Africa World Press, Bloomsbury Academic, Commonwealth Secretariat, Eleven International, Gazelle Book Services (distribuidora), James Currey (Boydell & Brewer), Liverpool University Press.

Haverá ainda o lançamento de dois livros com a presença dos autores:

 

Dia 11 de Setembro, 16h00-16h30 - Bar da FEUC

Francisco Freire, Investigador Pós-Doutorado no CRIA

Tribos, Princesas e Demónios. Etnografias do encontro pré-colonial no Sudoeste do Saara. Edições Colibri: 2013.

Este ensaio questiona algumas das estruturas reconhecidas como definidoras da sociedade arabófona do ocidente saariano; sendo destacados os elementos que complexificam a longa inscrição histórica desta população, questionando outros que, mais recentemente, tendem a simplificá‐la. Este contexto é introduzido através de um documento português de meados do século XVI, que a partir da feitoria de Arguim serve a imediata incorporação de uma visão europeia sobre o Saara, ilustrando também a profundidade dos laços desde então estabelecidos com as diferentes populações da região. Será igualmente apresentada uma compilação de tradições orais que actualmente descrevem os iniciais encontros euro‐saarianos, assim como o seu relevo nos mecanismos de filiação tribal e estutária que, até hoje, definem a região.

Dia 12 de Setembro, 16h00-16h30, Bar da FEUC

Fátima Mendonça, Universidade Eduardo Mondlane - Maputo/CLEPUL- Universidade de Lisboa

César Braga-Pinto e Fátima Mendonça (org). João Albasini e as Luzes de Nwandzangele. Jornalismo e política em Moçambique 1908-1922. Alcance Editora: 2014.

O volume reúne 87 crónicas do jornalista moçambicano João Albasini (1876-1922) publicadas em vida, nos jornais de que foi fundador com seu irmão José Albasini,  O Africano (1908-1918) e O Brado Africano (1918-1974). Consta de duas partes sendo a primeira constituída por dois ensaios: o primeiro, da autoria de Fátima Mendonça versa o papel da Imprensa em Moçambique, desde os primórdios até à actualidade e o lugar de O Africano e de O Brado Africano na dinâmica dos confrontos sociais seus contemporâneos. O segundo ensaio da autoria de César Braga Pinto orienta-se para uma análise histórico-literária e de conteúdo, com destaque para as ideias produzidas no quadro da ideologia proto-nacionalista e para a configuração estilística da escrita de João Albasini.
A segunda parte integra as crónicas organizadas cronologicamente, anotadas e comentadas. Pretende-se com esta organização dar conta do desenvolvimento do pensamento e da escrita de Albasini.
No final do livro inclui-se uma bibliografia constituída por trabalhos sobre João Albasini e o período histórico em que se inseriu a sua acção.
Incluem-se ainda como anexos: a) uma cronologia de acontecimentos relevantes da época (1908-1922) relacionados com aspectos da vida e da intervenção cívica do jornalista moçambicano; b) um texto da autoria do jornalista e advogado da geração posterior de africanos letrados, Karel Pot, dedicado a João Albasini.
O título procura jogar semântica e simbolicamente com o percurso ideológico de João Albasini: seduzido por um lado pelas ideias europeias das Luzes de crença no Progresso e Instrução que conduziam a dicotomias do tipo civilizaçãovsnatureza e ligado,  pelo seu nome e vivência africana/ronga (Nwandzenguele significa luz do crepúsculo ou da madrugada), a essa mesma natureza.



Dia 12 de Setembro, 18h30, Anfiteatro 1.1, FEUC

Encontro com Autores do CES.
Coordenação: João Paulo Dias (CES).