“E foram muitas as horas em que Sérgio Veiga se sentou e relatou os novos episódios desse tear a que ele chamou O Quente Aconchego da Mãe Negra. Aos poucos, Sérgio se foi convertendo numa espécie de meu griot (contador de histórias) particular, e eu via nele essa rara sapiência dos velhos contadores de histórias de Moçambique. (…) Assim lhe aconteceu este livro, com uma sedução de presa e predador, no jogo de revelações e ocultações que é comum aos escritores e caçadores. O Quente Aconchego da Mãe Negra é, afinal, uma das infinitas versões da impossível autobiografia deste homem que é pescador, caçador, pintor, viajante, marinheiro, ambientalista, produtor de documentários televisivos, operador de câmara, mergulhador.” Prefácio de Mia Couto.