Nesta obra o autor distingue independência de descolonização, declarando que a forma brusca, mal preparada e mal acompanhada como a primeira foi feita levou à impossibilidade da segunda. A 12 de Setembro de 1973 assinou-se o “Programa de Lusaka”, apoiado pelos Presidentes da República Kenneth Kaunda, Julius Nyerere, Hastings Banda e Samora Machel, que decretou que o povo moçambicano deveria viver em paz e harmonia racial, que a língua portuguesa deveria persistir como “língua franca” e que os interesses económicos portugueses deveriam ser preservados. O autor fala dos esforços infrutíferos de Jorge Jardim para elaborar uma concertação governamental entre a (“não-eleita e não-representativa”) FRELIMO e alguns quadros da metrópole, que pudessem trabalhar para uma nova fase económica e administrativa de Moçambique, respeitando a sua diversidade “rácica” e religiosa.