Coccia, jornalista italiano, estava em Pretória quando um amigo lhe telefonou para se deslocar imediatamente a Nampula, pois pressentia a iminência de um acontecimento radical, que viria a ser o 25 de abril de 1974. “Neste momento, a FRELIMO afirmava «querer acabar com a guerra colonial»”. “O think-tank do movimento nacionalista reconhecia que o referendo não lhes interessava e estava determinado a forçar Lisboa a entregar-lhes o país numa salva de prata. A sua atitude, a falta de «trunfos» de Portugal e o apoio que os comunistas portugueses davam à FRELIMO eram mais-valias. A sua recusa de entrar em qualquer acordo com os «spinolistas» deu-lhe bons dividendos.”