Objectivos:
Defendida amplamente como um meio de assegurar a democracia, os direitos e o desenvolvimento, a noção de ‘governação’ tem conhecido vários matizes e interpretações, quer no Norte, quer no Sul. De igual modo, a aplicação do conceito de ‘sociedade do conhecimento’ tem conhecido várias interpretações, que importa avaliar. Privilegiando uma leitura sociológica deste tema, procurar-se-á questionar a construção e a utilização, por múltiplos actores, dos conceitos de inovação, conhecimento, governação, recorrendo para tal a uma perspectiva transescalar.
Neste seminário a perspectiva teórica e analítica privilegia o estudo da produção de conhecimento(s) como um dos campos de análise que permite detectar a produção e a reprodução de situações de desigualdade, reguladas pela hierarquia epistémica imposta com o sistema colonial. Pensar o pós-colonial como um momento de abertura à diversidade epistemológica do mundo passa necessariamente por um estudo da pluralidade conflitual de saberes que informam as práticas sociais e o modo em como esta se repercute na ciência moderna em geral, e nas ciências sociais em particular.
Estrutura:
1. Introdução à ‘Governação e Conhecimento’ nas relações Norte-Sul
2. Uma análise crítica do sentido de justiça
3. Justiça cosmopolita
4. Universalidade vs pluriversalidade de saberes
5. Conhecimentos do mundo e seus conflitos
6. Políticas científicas e a crise das ciências sociais
7. Conhecimentos e sustentabilidade
8. Perspectivas para a construção de uma sociedade de justiça cognitiva
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