A importância histórica do movimento sindical na garantia dos direitos dos trabalhadores em todo o mundo é inegável. No entanto, com o estabelecimento da globalização neoliberal, mudanças significativas no mundo do trabalho também alteraram a capacidade de atuação dos sindicatos. O trabalho assalariado foi afetado pela desregulamentação, flexibilização, entre outras políticas neoliberais, bem como pela inovação tecnológica. Além disso, o aumento da mobilidade da força de trabalho desafiou as formas convencionais de organização e participação política. Como resultado, os sindicatos tiveram de responder e adaptar-se às exigências desta nova realidade. Hoje em dia, há a perceção de que o sindicalismo está a passar por uma crise, tanto de identidade, quanto de legitimidade.

O objetivo da oficina é expor algumas teorias acerca desta crise e dos possíveis caminhos para a renovação sindical. Busca também promover um diálogo entre a visão académica e a perspetiva dos sindicalistas no terreno.

Nota biográfica

Bia Carneiro é doutoranda em Sociologia – Relações de Trabalho, Desigualdades Sociais e Sindicalismo no Centro de Estudos Sociais/FEUC, Universidade de Coimbra. Sua investigação doutoral é financiada pela Fundação da Ciência e Tecnologia. É licenciada em comunicação social, e Mestre em políticas sociais e desenvolvimento. Seu percurso académico é permeado por mais de dez anos de experiência profissional nas áreas da comunicação social e do desenvolvimento internacional.

Oficina integrada no II Ciclo Trabalho e Sociedade, uma parceria do Grupo de Estudos em Relações de Trabalho e Sociedade (RETS) e com o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC),