Lilian Cristina Bernardo Gomes

Janeiro de 2007

Este artigo pretende indicar uma possibilidade de abordagem empírica e teórica no enfrentamento dos urgentes desafios colocados pela questão quilombola ao processo de aprofundamento democrático no Brasil. Considera-se que o trato com essa questão deve levar em conta uma dupla dimensão da justiça social: reconhecimento de identidades e de direitos, e a redistribuição de bens materiais e simbólicos. Neste artigo parte-se da compreensão de que as formulações de Nancy Fraser e o diálogo travado com a tradição da Teoria Crítica, no caso em foco através do debate com Axel Honneth, fornecem elementos para o enfrentamento dos desafios colocados ao processo democrático e à inclusão de grupos sociais historicamente excluídos.