Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa

Luís Quintais galardoado com V edição do Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa

Abril de 2016

Luís Quintais foi distinguido com V edição do Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, pelo seu livro O Vidro (Assírio & Alvim, 2014).

Segundo informações disponibilizadas pela Câmara Municipal de Faro, entidade responsável pela distinção, “o júri do Prémio, constituído por António Carlos Cortez, poeta e crítico literário, Gastão Cruz, poeta, ensaísta e crítico literário e Pedro Ferré, vice-reitor da Universidade do Algarve considerou que, pelo extremo rigor da sua escrita, é O Vidro, um volume e poemas que merece, sem dúvida, ser distinguido com o prémio de poesia António Ramos Rosa, uma das vozes que Quintais, não cessa de homenagear ao produzir uma obra viva, densa e que resiste à deflação do poder imaginativo na nossa época de funcionários cansados.”

Ainda de acordo com a mesma fonte, “para o júri, Luís Quintais, construiu desde 1995 um dos mais sólidos percursos da poesia portuguesa recente, propondo-nos uma linguagem de poesia como vestígio de uma voz que analisa, desmonta e interpreta o mistério de um mundo outro que, frequentemente, é um universo obscuro, caótico, armadilhado… a obra de Quintais furta-se a qualquer entendimento fácil, não é nem descritiva, nem hermeticamente lírica, antes nos propondo uma leitura transfigurada do mundo de que parte e a que sempre regressa…”.

Vencedor no ano passado do Prémio P.E.N. Poesia 2015 e do Prémio Literário Fundação Inês de Castro, foi na altura considerado pelo júri do galardão "uma das vozes mais seguras da nova poesia portuguesa", que no livro O Vidro "confronta o leitor com um fulgor rítmico magistral e com a visita a alguns dos lugares paradigmáticos na poesia do autor. Vitrificação, estilhaços, riscos, violência e história, O Vidro faz alusão a fragmentos de Anna Calvi, António Damásio, Edmond Jabès, Fernando Pessoa, Martin Amis e T.S. Eliot."

Luís Quintais, nascido em 1968 e natural de Coimbra, é antropólogo, ensaísta e poeta, além de professor na Universidade de Coimbra e investigador do Centro de Estudos Sociais (CES). Publicou onze livros de poesia: A imprecisa melancolia (1995), Lamento (1999), Umbria (1999), Verso antigo (2001), Angst (2002), Duelo (2004), Canto onde (2006), Mais espesso que a água (2008), Riscava a palavra dor no quadro negro (2010), Depois da música (2013) e O Vidro (2014). Além do Prémio Fundação Inês de Castro, do seu currículo consta o Prémio Aula de Poesia de Barcelona, o Prémio P.E.N. Clube Português e o Prémio Fundação Luís Miguel Nava.

No valor de 5000 euros, o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa é entregue a 23 de abril, pelas 17h00, em sessão pública a realizar na Biblioteca Municipal de Faro António Ramos Rosa.

Outras informações sobre o premiado e o seu trabalho literário em https://luisquintaisweb.wordpress.com/