Mariana Albino

Objetivo:
Referir e, sempre que possível, ilustrar as alterações no sistema agrário do Baixo Mondego, resultantes das obras de regularização do rio e mais especificamente do Açude Ponte de Coimbra.

A bacia hidrográfica do Rio Mondego tem 6679 km², o que é cerca de 7% de Portugal Continental.


Esta bacia divide-se em 3 partes características: o Alto Mondego, junto á nascente, o Médio Mondego onde se localizam as barragens que não possuem capacidade de retenção das pontas de cheia, deixando, nessas alturas, o rio correr livremente, o Baixo Mondego, troço final entre Coimbra e Figueira da Foz. Este troço com cerca 45km, tem no início um açude-ponte, em Coimbra, e atravessa, praticamente até à foz, terrenos muito férteis.


Para além deste açude existem outros, que permitem regularizar o caudal do Mondego como o Açude de Raiva e o Açude de Penacova, a montante de Coimbra e o Açude de Formoselha a jusante.
O Açude ponte de Coimbra insere-se num sistema de rega dos campos do Baixo Mondego, tem 40m de altura máxima e dispões de 15,4m de comportas. Estas comportas permitem a criação de uma albufeira (represa artificial de águas) que nos períodos de estiagem é utilizada para irrigação e nos períodos de cheia controla o caudal a jusante.

As obras do Açude foram cruciais para a agricultura no Baixo Mondego, uma vez que estas regulam o caudal o rio, mantendo-o a um débito propício à agricultura. Só estas obras tornaram possível praticar, em quase todo o Baixo Mondego, culturas de regadio, como o arroz e o milho, espécies que necessitam de água durante o Verão.
Sendo o nosso clima mediterrânico, com a estação quente a coincidir com a estação seca, em muitas áreas do Baixo Mondego, apesar da fertilidade dos solos, antes das obras de regularização do regime do rio, praticavam-se culturas de sequeiro que têm o seu ciclo vegetativo no Inverno e Primavera e, por isso podiam prescindir da rega.

 

Mariana Albino nº15 11ºD