Maria Sofia Lima

Objetivo:
Mostrar de que forma a abundância de cegonhas na quinta dos Castelos e a técnica utilizada para as afastar dos arrozais reflete a preocupação com o desenvolvimento sustentável.

A Quinta dos Castelos situa-se em Montemor-o-Velho, concelho do distrito de Coimbra. Pertence ao Engenheiro Carlos Laranjeira, produtor agrícola de grande importância no país e proprietário de uma exploração agrícola de grande dimensão no Baixo Mondego.


A Quinta dos Castelos é uma zona de proteção de espécies onde habitam cegonhas, patos, galinhas, coelhos e cães em harmonia. Inclui ainda um pequeno bosque onde há texugos, saca-rabos, gatos-bravos, raposas, rabilas/galinhas de água. Nesta área de bosque é proibida a caça.
Uma das suas particularidades é a abundância de ninhos de cegonhas. Esta ave é bastante comum nesta região devido aos seus prados húmidos.
No entanto, as cegonhas começam a ser prejudiciais para as culturas praticadas nesta área, nomeadamente o arroz.


 

É comum as cegonhas espezinharem o arroz, o que danifica os campos e a produção. Para além disso as cegonhas comem os patos que nos canteiros do arroz, com a água de baixa profundidade, não podem mergulhar, por isso, são facilmente apanhados pelas cegonhas.
Com a finalidade de as espantar, são dados tiros sem chumbo para o ar, através de uma máquina de gás.
Esta técnica inofensiva de afastar as cegonhas, de modo a não interferir no equilíbrio do ecossistema, reflete a preocupação com o desenvolvimento sustentável na medida em que o objetivo principal é cumprido sem que ninguém seja afetado.
As necessidades da geração atual (neste caso as da exploração agrícola) são satisfeitas, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades (preservando todas as espécies). É garantido um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural existindo ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.

 


Maria Sofia Lima, nº 14, 11ºD