Coordenadores/as dos seminários
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Boaventura de Sousa Santos é professor de sociologia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra; Distinguished Legal Scholar na Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar na Universidade de Warwick. É o Diretor Científico do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça. Dirige o projeto ALICE – Espelhos Estranhos, Lições Imprevistas.
Publicou largamente sobre os processos de globalização, o direito e a justiça, o Estado, epistemologia, democracia e direitos humanos, em português, espanhol, inglês, italiano, francês e alemão.
Entre as suas publicações recentes mais relevantes em português encontram-se: Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos (Cortez Editora, 2013); Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social (Boitempo, 2007); A gramática do tempo. Para uma nova cultura política (Afrontamento, Cortez, 2006); Fórum Social Mundial: Manual de Uso (Cortez, Afrontamento, 2005); A Crítica da Razão Indolente: Contra o Desperdício da Experiência (Afrontamento, Cortez, 2000).
Entre as suas obras publicadas encontram-se The Invention of Africa: Gnosis, Philosophy and the Order of Knowledge (Indiana University Press, 1988); The Idea of Africa: African Systems of Thought (Indiana University Press, 1994); Tales of Faith: Religion as Political Performance in Central Africa (Athlone Press, 1997); e The Normal & Its Orders (co-editor, with Godé Iwele & Laura Kerr, 2007).
Cecília MacDowell Santos é investigadora no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e professora associada de sociologia na Universidade de São Francisco, na California. Os seus atuais interesses de investigação centram-se na mobilização jurídica e na (re)construção dos direitos humanos à escala local, nacional e transnacional.
Publicou o livro Women's Police Stations: Gender, Violence, and Justice in São Paulo, Brazil (Palgrave Macmillan, 2005), organizou A Mobilização Transnacional do Direito: Portugal e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (org., Almedina Press, 2012) e co-organizou Desarquivando a Ditadura: Memória e Justiça no Brasil (Hucitec Press, 2009). O seu trabalho tem vindo a ser publicado em volumes coletivos e jornais internacionais reconhecidos, nomeadamente Latin American Research Review, Cadernos PAGU e Sur-International Journal on Human Rights, entre outros.
Maria Paula Meneses é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É também membro do Centro de Estudos Sociais Aquino de Bragança, em Moçambique. De entre os temas de investigação com que trabalha atualmente assumem destaque os debates pós-coloniais; o pluralismo jurídico com especial ênfase para as relações entre o Estado e as "autoridades tradicionais" no contexto africano; e o papel da história oficial, da memória e das "outras" histórias no resgate de um sentido mais amplo de pertença no campo dos processos identitários contemporâneos, especialmente no contexto geopolítico africano.
Maria Paula Meneses tem lecionado em várias universidades, entre as quais estão a Universidade Pablo Olavide (Espanha); a SOAS (Reino Unido); a Universidade de Bayreuth (Alemanha); e a Universidade Federal Fluminense (Brasil).
Das suas obras publicadas destacam-se: O Direito por fora do Direito: as instâncias extra-judiciais de resolução de conflitos em Luanda (Co-organizado com Júlio Lopes, Almedina, 2012); Epistemologias do Sul (co-organizado com Boaventura de Sousa Santos, Cortez, 2012); Law and Justice in a Multicultural Society: The Case of Mozambique (co-organizado com Boaventura de Sousa Santos e João Carlos Trindade, CODESRIA, 2006).
José Manuel Mendes é Professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigador no Centro de Estudos Sociais. A sua investigação tem-se centrado nas áreas das desigualdades, da mobilidade social, dos movimento sociais e da ação coletiva. Mais recentemente, o seu principal foco de trabalho incide sobre as questões do risco e da vulnerabilidade social. É co-coordenador do Observatório do Risco (OSIRIS) e do Centro de Trauma, ambos criados no âmbito do CES.
Entre as suas publicações mais recentes, destacam-se Os lugares (im) possíveis da cidadania. Estado e risco num mundo globalizado (co-organizado com Pedro Araújo, Almedina, 2013) e Do ressentimento ao reconhecimento: vozes, identidades e processos políticos nos Açores (1974-1996) (Afrontamento, 2003).
Cristiana Bastos é antropóloga e integra o Instituto de Ciências Sociais desde 1990. As suas linhas de pesquisa têm incidido sobre dinâmicas da população, mobilidade, antropologia médica, antropologia histórica e estudos sociais da ciência. Os contextos que estudou incluíram o interior do Algarve, o Brasil, os Estados Unidos, Lisboa contemporânea, Goa colonial e a África lusófona.
Editou números temáticos da Etnográfica, Análise Social, História, Ciências Saúde – Manguinhos, Travessias e tem em curso um volume "Parts of Asia" da Portuguese Literary and Cultural Studies.
É autora de Global Responses to AIDS (Indiana University Press, 1999), co-autora de Trânsitos Coloniais: Diálogos Críticos Luso-Brasileiros (Lisboa, ICS, 2001), e de diversos outros volumes, capítulos e artigos. Atualmente é diretora da Imprensa de Ciências Sociais.
Albert ‘Albie’ Louis Sachs foi juiz do Tribunal Constitucional da África do Sul. Foi nomeado por Nelson Mandela em 1994 e reformou-se em 2009. Deu início à sua prática como advogado defendendo cidadãos e cidadãs acusados/as sob as leis raciais e as leis de segurança que vigoravam durante o Apartheid. Obteve o diploma em direito pela Universidade de Cape Town e o doutoramento pela Universidade de Sussex.
Mais tarde, depois de ser preso e colocado em solitária durante cinco meses pelo seu trabalho com o movimento de libertação, Albie Sachs foi exilado em Ingaterra e posteriormente em Moçambique. Em 1988, em Maputo, perdeu um braço e a visão de um dos olhos na sequência da explosão de uma bomba colocada no seu carro.
Depois da explosão, dedicou-se à preparação de uma nova constituição democrática na África do Sul. Regressou ao seu país natal e integrou o Comité Constitucional e o Comité Executivo Nacional do Congresso Nacional Africano. Entre os seus livros largamente conhecidos encontram-se The Strange Alchemy of Life and Law (Oxford University Press, 2010) e The soft vengeance of a freedom fighter (California University Press, 1990).
Oscar Guardiola-Rivera é professor na Faculdade de Direito do Birkbeck College – University of London. É autor do premiado livro What If Latin America Ruled the World? (Bloomsbury, 2010), escolhido como um dos melhores livros do ano de não-ficção pelo The Financial Times.É licenciado em direito pela Universidad Javeriana (Bogotá) e doutorado em filosofia pelo King’s College, University of Aberdeen.
Pertence aos conselhos editoriais de Naked Punch: An Engaged Review of Arts & Theory; International Law. Colombian Journal of International Law; e Open Law Journal. O seu mais recente livro é Story of a Death Foretold. The Coup Against Allende, 9/11/1973 (Bloomsbury, 2013).
Sharit Bowmik é professor e o director do Centre for Labor Studies, School of Management and Labor Studies, no Tata Institute of Social Sciences, Mumbai, India. Os seus interesses de investigação giram em torno das organizações de trabalho e do emprego informal; género e trabalho nas plantações; cooperativa de trabalhados e autogestão, entre outros.
Foi professor visitante em várias universidades: Brasil, Alemanha, etc. Bhowmik é pioneiro nos trabalhos da sociologia urbana no âmbito do setor informal. Esteve amplamente envolvido na educação comunitária e na criação de redes no âmbito de questões jurídicas e outras relacionadas com vendedores ambulantes e moradores de bairros informais.
Entre as suas publicações mais recentes encontram-se The State of Labour: The Global Financial Crisis and its Impact (Routledge, 2013); Financial Inclusion of the Marginalized. Street Vendors in the Urban Economy (Springer, 2013), Industry, Labour and Society (Orient Blackswan, 2012) and Financial Inclusion of the Marginalised: Street Vendors in the Urban Economy (com Debdulal Saha, Springer, 2012)
Giovanna Micarelli é Professora Associada de Antropologia na Pontifícia Universidade Javeriana de Bogotá na Colômbia e investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Antes trabalhar na academia, ela trabalhou como investigadora independente e consultora de organizações indígenas da Amazônia peruana e colombiana, incluindo a Conibo Shipibo da região de Ucayali, a Tikuna de Amacayacu, assim como comunidades multiétnicas localizadas na periferia da cidade colombiana de Letícia.
Os seus temas de investigação incluem compromissos indígenas com desenvolvimento e modernidade, o lugar da compreensão sócio ambiental na construção e defesa do território, política cultural em contextos interculturais, em especial as relativas aos sistemas de saúde e doença e da educação e da soberania alimentar. As mais recentes extensões da sua investigação exploram as ligações entre as epistemologias indígenas e noções de riqueza pessoal e coletiva e bem-estar. Sua colaboração com os povos indígenas resultou em várias bolsas de estudo nacionais e internacionais para as organizações indígenas de apoio às suas lutas por reconhecimento cultural e político.
Dhruv Pande é investigador em Pós-doutoramento no Centro de Estudos Sociais - Projeto ALICE. Doutor em Teoria Política pela LUISS Guido Carli University, em Roma. Investiga sobre Pós-Identidade Cultural Colonial e suas implicações para os Direitos Humanos. Foi Research Fellow Internacional de Pós-Graduação Visitante no Departamento de Ciência Política da Universidade de Toronto e investigador estagiário na Afromedianet, uma organização internacional de direitos humanos com base em Seyssel, França. Conclui o mestrado em Ciência Política pela Universidade de Delhi, na Índia e trabalhou como investigador associado no Centro de Pesquisa de Países em Desenvolvimento da Universidade de Delhi, sobre “Conceções Asiáticas de Justiça”.
JIMI (OLUJIMI) ADESINA
Jimi (Olujimi) Adesina é investigador da National Research Foundation SARChI Chair in Social Policy no Archie Mafeje Research Institute, da UNISA, África do Sul. Foi professor de Sociologia e Diretor do Departamento de Sociologia da Universidade de Western Cape, na igualmente na África do Sul. Formado pela Universidade de Ibadan (Nigéria) e pela Universidade de Warwick (Reino Unido). De 1983 a 2000 leccionou na Universidade de Ibadan, tendo sido Diretor do Departamento de Sociologia e Investigador Sénior no Centre for Econometric and Allied Research. Entre 2002 e 2008, foi membro do Comité Executivo do Conselho para o Desenvolvimento da Pesquisa em Ciências Sociais em África (CODESRIA) e Presidente do Subcomité do Programa. Os seus interesses de investigação e ensino incluem a Economia Política do Desenvolvimento Africano, Metodologia, Teoria Social e Política Social. Entre suas publicações mais recentes destacam-se “Social Policy in a mineral rich economy: the case of Nigeria” in Katja Hujo (ed.) Social Policy in Mineral Rich Economies. London: Palgrave Macmillan, 2012; “Archie Mafeje and the Pursuit of Endogeny,” Africa Development, 33(4): 133-152 (2008), Social Policy in sub-Saharan African Context: In Search of Inclusive Development (Basingstoke: Palgrave/Macmillan) and Africa and Development Challenges in the New Millennium (co-editado com Yao Graham & Adebayo Olukoshi em 2006 e publicado pela ZED Press).
SABELO J. NDLOVU-GATSHENI
Sabelo J. Ndlovu-Gatsheni é investigador da National Research Foundation (NRF), cientista social na área dos estudos descoloniais. Presentemente é Diretor do Archie Mafeje Research Institute (AMRI) sediado na Universidade da África do Sul (UNISA), tendo trabalhado no Departamento de História da Universidade do Zimbábue, Universidade de Monash e na The Open University no Reino Unido. Tem publicado largamente sobre nacionalismo, a subjetividade Africana, identidades e ser, teorias pós-coloniais e descoloniais, epistemologia, conhecimento e poder. Entre as suas publicações mais recentes destacam-se Nationalism and African National Projects in Southern Africa: New Critical Reflections (Pretoria: Africa Institute of South Africa, 2013); Empire, Global Coloniality and African Subjectivity (Oxford & New York: Berghahn Books, 2013); e Grotesque or Redemptive Nationalism? Rethinking Contemporary Politics in Zimbabwe (Oxford & Bern: Peter Lang International Academic Publishers, 2011).
EBRIMA SALL
Ebrima Sall é Secretário Executivo do CODSERIA. Foi investigador sénior no Nordic Africa Institute em Uppsala (Suécia) e diretor do centro para a promoção da poupança e associações de crédito para o desenvolvimento local. Doutorado em Sociologia pela Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne (França). Foi ainda investigador em Pós-Doutoramento do programa de estudos agrários da Universidade Yale.
PABLO GENTILI
Possui graduação em Ciências da Educação - Universidad de Buenos Aires (UBA), mestrado em Ciências Sociais com menção em Educação - Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO) e doutorado em Ciencias da Educação - Universidad de Buenos Aires (UBA). Atualmente é professor do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Secretário Executivo do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO) e Diretor da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO/Brasil). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas, reformas educacionais, América Latina e neoliberalismo e educação.
JOSÉ ANTÓNIO BANDEIRINHA
É arquitecto pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto (1983). Exerce profissionalmente e é professor associado do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, onde se doutorou em 2002 com uma dissertação intitulada O Processo SAAL e a Arquitectura no 25 de Abril de 1974.
Tomando como referência central a arquitectura e a organização do espaço, tem vindo a dedicar-se ao estudo de diversos temas — cidade, teatro, cultura.
É investigador do Centro de Estudos Sociais.
Foi Presidente do Conselho de Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra.
Foi Pró-Reitor para a Cultura da Universidade de Coimbra.
Foi Director do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.
ÉLIDA LAURIS
Élida Lauris é Doutora em Pós-colonialismos e Cidadania Global pelo Centro de Estudos Sociais e Faculdade de Economia, da Universidade de Coimbra. Foi investigadora do Observatório Permanente da Justiça do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Actualmente é coordenadora executiva e investigadora em pós-doutoramento do Projeto ALICE, onde desenvolve o projeto de investigação "Hérculeos juízes, cidadãos vulgares: estudo comparativo dos usos, do alcance e dos sentidos da transformação social escrita nas constituições da África do Sul e do Brasil". Tem experiência na área de Direito, com ênfase na sociologia do direito e dos tribunais e direito constitucional, actuando principalmente nos seguintes temas: acesso à justiça, independência judicial, reforma do judiciário, separação de poderes, judicialização da política, constitucionalismo e hermenêutica constitucional.