Programa e objetivos
Esta Escola de Verão irá funcionar como laboratório social activo onde académicos e estudantes procurarão respostas através do estudo de lutas contemporâneas. Partindo de questões colocadas aos participantes sobre as suas ideias e projectos para mudar o mundo e das ideias dos próprios participantes, esta Escola de Verão procura alargar criticamente as discussões e as perspectivas, num espírito de partilha e ajuda mútua. A particularidade do curso residirá nas narrativas que reflectem a diversidade das epistemologias do Sul e fortalecem a ecologia de saberes.
Imaginário epistemológico – Este espaço-momento procura alargar os diálogos epistemológicos num contexto em que a arte se funde com os sabores de forma a ampliar a imaginação política e encontra a criatividade rebelde. A ideia é desafiar a perspectiva racional dominante através de criatividades subversivas. Dançarinos/as, cozinheiros/as e outros/as artistas irão inspirar os membros da Escola de Verão a sonhar colectivamente e a explorar a alquimia inquietante das artes e da justiça social. Nestes momentos, que contemplam diferentes estilos e formas de arte, serão visíveis as nuances da tradução intercultural.
Além disto, pode vivenciar-se a manifestação de um tema na perspectiva do indivíduo vis-à-vis formas colectivas de práticas artísticas. Assim, numa experiência enriquecedora de aprendizagem mútua, somos conduzidos à construção de pontes sobre o fosso que separa professores/as e estudantes, criando ligações e/afectivas entre ambos, promovendo trocas mais abertas, livres e mútuas de diversas práticas que assumem formas muito diversas.
Chá, café e torna-viagem: momentos para discussões mais informais
Introspeção: as sessões de cinema documental têm como objetivo dar corpo às discussões, colocando em perspetivas os eventos e as pessoas.
A programação estruturar-se-á em três eixos principais:
1. Estudo das razões que conduziram (e continuam a conduzir) a tanto epistemicidio, à destruição dos conhecimentos produzidos no mundo que contradiziam e continuam a contradizer os objetivos de dominação do capitalismo, do colonialismo e do patriarcado;
2. Aprofundamento da conceção de um mundo epistemologicamente diverso através do reconhecimento de outras epistemologias, tornado possível através de dois procedimentos fundamentais: a ecologia de saberes e a tradução intercultural;
3. Os caminhos da reinvenção da emancipação social e da construção de um cosmopolitismo subalterno a partir das inovações epistemológicas mencionadas nos pontos anteriores.
Os participantes registados receberão, com pelo menos um mês de antecedência, o material de leitura para os seminários principais. As aulas, lecionadas em inglês, serão conduzidas de manhã e de tarde. Incluirão palestras e seminários intensivos. Encoraja-se a participação dos/as estudantes. Os docentes terão horas reservadas para reunir individualmente com os/as estudantes. Será proporcionado tempo e espaço para seminários e discussões auto-organizados pelos estudantes.
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